StatCtr

Monday, July 15, 2013

LIVRO III – Capítulo XIII - Christian e Anastasia Fanfiction



INCÊNDIO CRIMINOSO

CAPÍTULO XIII

Tradução: Neusa Reis



Abro os olhos com as primeiras luzes do dia e encontro-me envolto em torno de Anastasia, como uma bandeira da vitória. Gosto de ver minha esposa dormir, a forma como seu corpo procura o meu, mesmo durante o sono, aconchegando-se a mim, mesmo que ela sinta calor. Eu não sou diferente. Meu corpo procura o dela dia e noite, dormindo ou acordado. Eu a seguro assim por não sei quanto tempo, em seguida, levanto-me e vou tomar um banho e fazer a barba do dia.

Depois de tomar meu banho e me secar, eu enrolo uma toalha em volta da minha cintura e pulverizo o creme de barbear na minha mão e faço espuma sobre meu rosto. Quando eu começo a fazer a barba, Anastasia entra no banheiro. Vê-la aqui comigo me ilumina imediatamente.

"Bom dia, Sra. Grey," eu digo, brincando.

"Bom dia para você,” ela sorri em retorno para mim, me observando barbear-me. Eu levanto o meu queixo para cima e começo raspando por baixo em cursos longos, vendo o reflexo de minha esposa no espelho e noto que ela está fazendo mímica de meus movimentos. Quando eu puxo meu lábio superior para baixo e raspo meu philtrum, (N.T. filtro labial – aquela depressão do lábio superior) eu vejo ela me espelhar. Viro-me e sorrio para minha esposa, com apenas metade do meu rosto barbeado.

"Você está curtindo o show, Sra. Grey?" Eu pergunto.

"Um dos meus favoritos de todos os tempos,” ela murmura, com olhos brilhantes, como se eu fosse a cena mais emocionante que ela já viu. Eu inclino-me e beijo-a rapidamente, e espalho sabão de barbear por todo seu rosto.

"Devo fazer isso com você de novo?" Eu sussurro lascivamente e levantando a navalha, lembrando-lhe a experiência muito agradável de barbear seu sexo e que conduziu a resultados muito satisfatórios.

Ela franze os lábios para mim: "Não,” ela murmura, tentando parecer de mau humor, falhando miseravelmente. "Eu vou depilar com cera da próxima vez,” diz ela.

"Mas aquilo foi divertido,” eu digo maliciosamente. E realmente foi. Fico quente só de pensar nisso.

"Para você, talvez,” ela responde fazendo beicinho, mas ela não pode me enganar. Ela adorou cada segundo do resultado.

"Me pareceu que o resultado foi muito gratificante,” eu digo, voltando-me para terminar de me barbear. Ela olha para as mãos, corando. Esta é a nossa lua de mel. Eu não quero que ela se sinta tímida, muito menos comigo.

"Ei, eu estou apenas brincando. Não é isso que maridos que são perdidamente apaixonados por suas esposas fazem?" Digo, e voltando-me para ela, eu levanto seu queixo e olho nos olhos da minha esposa. O que ela está pensando? Ela ficou chateada com isso? Eu tento decifrar sua expressão, o sempre presente medo, na parte de trás da minha cabeça, mostrando sua cabeça feia, me dizendo que ela poderia estar infeliz com alguma coisa. Mas, sua expressão muda para uma brincalhona.

"Sente-se,” ela murmura.

O quê? O que ela está tentando fazer? Ela suavemente me empurra para o banquinho no banheiro. Confuso, eu me sento, tentando entender o que ela quer fazer, ou por que ela quer que eu me sente meio raspado. Ela pega a navalha da minha mão levantada. Oh merda! Ela quer me fazer a barba! É vingança?

"Ana,” eu digo em tom de aviso. Ela se inclina e me beija em resposta.

"Cabeça para trás, Sr. Grey," ela sussurra.

Posso confiar nela com uma navalha na mão? Ela não podia nem raspar-se corretamente. Ela pode, eventualmente, fazer a barba no meu rosto, tão perto de minha jugular?

"Olho por olho, Sr. Grey,” diz ela confirmando meus pensamentos. Oh, realmente, Sra. Grey? Eu fico olhando para minha esposa em descrença, mas ainda divertido.

"Você sabe o que você está fazendo?" Eu pergunto, em voz baixa. Ela balança a cabeça lentamente, intencionalmente, mas esforçando-se para parecer séria. Bem, Sra. Grey, se eu vou morrer isto poderia muito bem ser em suas mãos. Faça o seu pior! Eu fecho meus olhos, balanço a cabeça e inclino a cabeça para trás, em sinal de rendição completa para ela.

Sua mão esquerda rasteja no meu cabelo úmido em minha testa, segurando-o apertado, Anastasia me mantém imóvel no meu lugar. Eu firmemente mantenho meus olhos fechados, e abro meus lábios para inalar profundamente. Sinto o toque suave da lâmina, então ela a arrasta do meu pescoço até meu queixo suavemente. Eu sinto a falta da espuma deixando um rastro suave para trás. Eu exalo o ar que eu não sabia que estava segurando.

"Você achou que eu iria machucá-lo? ela pergunta, baixinho.

"Eu nunca sei o que você vai fazer, Ana, mas não, não intencionalmente,” eu respondo com sinceridade.

Sinto a navalha correndo para cima no meu pescoço de novo, e sinto  outra trilha suave correndo no meu pescoço.

"Eu nunca iria machucá-lo intencionalmente, Christian,” ela murmura. Sentindo a verdade em suas palavras, eu abro meus olhos e a abraço, enquanto ela corre suavemente a lâmina para baixo na minha bochecha do começo da minha costeleta.

"Eu sei,” eu respondo e inclino meu rosto para dar-lhe uma superfície de barbear lisa, esticada. Mais dois golpes de navalha, e ela acabou de me barbear.

"Tudo feito, e nem uma gota de sangue derramado,” ela sorri com orgulho.

Quando eu olho para a minha esposa, eu sinto suas pernas encaixando as minhas. E os nossos corpos se tocando, suas pernas envolvendo as minhas, enquanto ela está olhando para mim, eu fico quente, e passo a mão em sua perna, empurrando sua camisola para cima. Eu a puxo para mim, e faço-a sentar-se montada em minhas pernas. Suas mãos agarram meus braços, segurando para se firmar.

Ela está tão perto de mim, nossos rostos estão a apenas dois centímetros de distância.

"Posso levá-la a algum lugar hoje?" Eu pergunto.

"Sem banho de sol?" ela pergunta arqueando as sobrancelhas. Encontro-me lambendo os lábios nervosamente, porque ela não será capaz de tomar sol para o resto da nossa lua de mel.

"Não. Sem banho de sol hoje. Eu pensei que talvez você preferisse algo mais."

"Bem, desde que você me cobriu de chupões e efetivamente colocou um fim nisso, com certeza, por que não?” Diz ela acidamente, o que eu ignoro.

"É uma viagem, mas vale a pena uma visita, pelo que tenho lido. Meu pai recomendou-nos visitar. É uma vila no topo de uma colina chamada Saint Paul de Vence. Há algumas galerias lá. Eu pensei que nós poderíamos escolher algumas pinturas ou esculturas para a casa nova, se encontrarmos qualquer coisa que gostemos."

Ela imediatamente se inclina para trás, olhando para mim interrogativamente. Apreensiva mesmo.

"O quê?" Pergunto confuso.

"Eu não sei nada sobre arte, Christian,” responde ela baixinho.

Eu dou de ombros e sorrio para ela com carinho. "Só vou comprar o que gostarmos. Isto não é sobre investimento," eu respondo. Seus olhos ficam maiores.

"O quê?" Eu me vejo perguntando novamente,  incapaz de decifrar sua expressão facial. Ela balança a cabeça em resposta, relutante em responder.

"Olha, eu sei que nós só temos os desenhos do arquiteto do outro dia, mas não há mal nenhum em olhar e a cidade é um antigo lugar medieval,” eu digo. No caso do pior cenário, vamos fazer alguns passeios turísticos. Ela franze a testa e parece chateada mesmo. Ah, é tão difícil de compreendê-la algumas vezes. Eu queria que ela fosse mais explícita.

"O que agora?" Encontro-me exclamando. Ela balança a cabeça sem vontade de dizer o que está passando através de sua bela cabeça. Eu nunca passei por isso antes. Eu tinha tudo o que eu queria, incluindo respostas, no passado. Oh, merda! Talvez ela ainda esteja furiosa pela foda de punição.

"Você ainda está brava com o que eu fiz ontem?" Eu suspiro, aninhando a cabeça em um dos meus lugares mais favoritos no mundo, entre seus seios.

"Não. Eu estou com fome," ela murmura. Oh, ela fica irritada quando ela não come. Lógico!

"Por que você não disse?" Eu digo levantando-a, eu me levanto, e tomando-lhe a mão eu a levo para o quarto.


****  *****




Quando chegamos a Saint Paul de Vence, sinto alívio de ver minha esposa completamente surpresa com a vila. A vila é uma das mais antigas cidades medievais na Riviera Francesa, situada no topo de uma colina. Está cheia de história, ostenta um cenário requintado, e tem um número abundante de galerias de arte moderna. Anastasia está completamente extasiada. Nós andamos de braços dados, enquanto uma mão dela está no bolso de trás da minha bermuda. Taylor e Philippe estão andando atrás de nós, a uma distância informal. O olhar de Anastasia prolonga-se para três velhos homens jogando bocha em uma praça arborizada. Ela olha para o jogo interessada nele. É chamado de Jeu De Boules ou Pétanque, disputado entre dois jogadores ou equipes. Um dos jogadores aqui neste jogo está usando uma boina, embora o clima esteja quente e sufocante.




A praça está cheia de espectadores, tanto moradores como  turistas. Eu não gosto das multidões, e nem Taylor. Então eu,  suavemente a levo para fora da praça, em pequenas ruelas com propriedades de pedra enfileiradas, em pé desde os tempos medievais. Chegamos a um pátio com belas fontes de pedra, esculturas antigas e modernas, e pequenas boutiques e lojas. 





Uma galeria de fotos prende minha atenção no primeiro olhar. Está expondo e vendendo fotos eróticas. Estou distraído por um minuto. Tirando fora meus óculos de aviador, eu começo a mastigar sua haste, examinando as imagens. A obra pertence a uma artista chamada Florence D'Elle. As imagens são de indivíduos do sexo feminino em várias poses eróticas. Algumas são parecidas com as que eu tirei antes, das submissas.





(As figuras acima são de  Florence D'elle)

"Não é bem o que eu tinha em mente,” Anastasia murmura depois que ela me observa examinando as imagens.

"Nem eu,” eu respondo, sorrindo para minha esposa, depois de perceber seu ciúme. Eu pego a mão dela na minha e caminho até a próxima galeria de arte. Este artista pintou a arte figurativa, como frutas e legumes, em super-close-up e as cores são muito vivas.

"Eu gosto dessas,” murmura Anastasia, e eu posso ouvir o alívio em sua voz. "Eles me lembram você cortando legumes no meu apartamento,” diz ela em sua voz risonha de menina. Lembro-me dessa época muito bem. Na verdade, eu me lembrarei até o dia em que eu morrer. Foi o dia em que recuperei minha garota, de volta na minha vida. Eu tento e falho miseravelmente em esconder minha diversão.

"Eu pensei que eu tinha conseguido isso muito competentemente,”  eu murmuro. "Eu estava um pouco lento, e além disso," eu digo, enquanto eu a puxo para um abraço apertado, "você estava me distraindo. Onde você as colocaria? " Pergunto decidindo comprar o quadro.

"O quê?" Ela pergunta atordoada.

Eu acaricio sua orelha e sussurro. "As pinturas, onde você as colocaria?" Pergunto mordendo o lóbulo da sua orelha para colocá-la fora de si,  e eu consigo. Eu a vejo apertando as pernas juntas para reprimir seu desejo.

"Cozinha,” ela murmura com uma voz sussurrada.

"Hmm... Boa idéia, Sra. Grey," eu respondo. Quando Anastasia percebe o preço, ela engasga.

"Cinco mil euros cada,"  ela sussurra. "Eles são muito caros!"

"E ?" Eu cheiro minha esposa novamente. Eu quero colocar o mundo aos seus pés. "Acostume-se a isso, Ana." Eu não quero que falte nada para ela; faz-me feliz que eu posso dar para ela, e dar cada um dos desejos de seu coração. Eu ando para o balcão de vendas, onde uma jovem mulher vestida toda de branco está de pé e boquiaberta. Sabendo que Anastasia está observando a reação da funcionária, quase posso senti-la revirando os olhos em resposta a essa mulher me admirando. De alguma forma, saber que ela fica com ciúmes de mim, me faz feliz. Eu pago pelas pinturas, e deixo a loja para alguns passeios.
  




Saint Paul de Vence está na Riviera Francesa. A vila foi criada em torno da antiga igreja de Saint Michel du Puy e do castelo no topo da colina. Foi assim que o ‘castrum’ de São Paulo, uma posição defensiva militar foi evoluindo. (N.T. Originalmente, um ‘castrum’ era uma fortificação celta que se assemelhava a um castelo rodeado de uma muralha circular, geralmente no topo de uma colina. Os romanos tomaram de empréstimo o termo para designar seus campos militares, que eram retangulares.)





Eu levo Anastasia ao Hotel Le Saint Paul para o almoço. O pátio do restaurante do hotel fica no topo da colina, com vista sobre a paisagem circundante, que é completamente deslumbrante. Mesas estão colocadas estrategicamente ao redor do pátio de pedra e cobertas com crocantes toalhas de mesa de tecido branco, decoradas com flores frescas. As antigas paredes de pedra estão cobertas com exuberante hera verde, buganvílias rosa e vermelhas com vista para os vinhedos, colinas pontilhadas com girassóis formando um patchwork fascinante, e as chácaras francesas estão intercaladas neste belo cenário. O tempo está  bonito, e o Mar Mediterrâneo, na distância, reflete sua cor turquesa convidativa. Anastasia está olhando, mas não está vendo, ela está perdida em pensamentos. Eu quero tirá-la para fora de seus devaneios.









"Você me perguntou por que eu tranço seu cabelo,” eu digo baixinho, sentindo-me culpado. Algo em meu tom a alarma e ela levanta os olhos imediatamente.

"Sim,” responde ela, com os olhos arregalados.

"A prostituta de crack me deixava brincar com o cabelo dela, eu acho. Eu não sei se é uma lembrança ou um sonho,” eu digo. Eu olho em seus olhos, profundamente, mas minhas emoções estão agitadas e misturadas. Eu não quero que elas ressurjam; não aqui de qualquer maneira.

"Eu gosto de você brincando com o meu cabelo,” diz ela com uma voz hesitante. Eu não tenho certeza se ela gosta.

"Você gosta?" Eu sondo, expressando minha incerteza.

"Sim,” ela diz com sinceridade. Ela se inclina, raspando sua cadeira no pátio de pedra, ela agarra minhas mãos. "Eu acho que você amava sua mãe biológica, Christian,” diz ela olhando para mim. Eu sinto meus olhos arregalando. Eu não quero pensar na prostituta drogada neste contexto. Ela não me amava. Por que eu amaria uma mulher que não me amava ou me protegia? Eu estou muito confuso. E se há verdade no que ela diz? E se eu realmente amo a prostituta de crack? Eu não quero que isso seja verdade. Ela não me protegeu... em nada! Ela me achou indigno de seu amor. Como posso amar isso?

Eu olho para baixo para nossas mãos ligadas. O medo cresce em mim. Estou de volta tendo quatro anos de idade novamente.

"Diga alguma coisa,” Anastasia sussurra, porque no silêncio, ela ouve as tempestades fermentando dentro de mim. Eu não quero fazer isso, agora. Não na minha lua de mel. Eu não quero ir para esse território. É muito escuro, muito profundo. É inevitável! Eu vou arrastar Anastasia para baixo comigo, e ela não precisa ir lá. Terminou, está tudo acabado.

Eu libero a mão de Anastasia, e levanto-me, "Vamos,” eu digo.
   


Uma vez que estamos na rua, eu expiro lentamente, e olho ao redor as ruas estreitas nos rodeando, ladeadas por edifícios de pedra. Eu me puxo para o agora, na minha lua de mel. Eu finalmente consigo pegar a mão de Anastasia na minha.

"Onde você quer ir?" Eu pergunto.

Ouço Anastasia expirando; ela parece aliviada. Ela encolhe os ombros em resposta.

"Só estou feliz que você está falando comigo,” diz ela.

"Você sabe que eu não gosto de falar sobre toda essa merda. Está terminado. Acabado,” eu lhe digo baixinho.

Trazê-lo à superfície não me faz bem nenhum. Isto me arrasta para o fundo, para lugares onde eu não quero estar. Já faz um longo tempo. Precisa ser escondido, para que nunca mais ressurja novamente. Agora, ela está silenciosa, meditativa. Ela não é o tipo de mulher que desiste facilmente. O que ela está pensando?

Eu olho para ela, divertido e desconfiado de sua expressão, porque eu sei que algo está sempre fermentando naquela bela cabeça dela. Eu só não sei o que é. Mas sabendo que ele me dá vida e emoção, bem como um próximo ataque cardíaco, eu balanço minha cabeça, e puxo minha esposa sob meu braço, tão perto de mim quanto possível. Nós nos encaminhamos, por entre os turistas, para o local onde Philippe estacionou a grande Mercedes. Anastasia enfia a mão no bolso de trás da minha bermuda, segurando minha bunda. Seu gesto íntimo me faz feliz.

Antes de nos encaminharmos para a Mercedes, noto uma pequena boutique que vende jóias finas. Eu olho pela janela e observo algumas das peças encantadoras que estão vendendo. Eu quero que a minha mulher tenha uma delas. Olho para Anastasia. Segurando sua mão livre, eu olho para baixo e examino seu pulso, onde as algemas deixaram uma linha vermelha desbotada. Meu polegar passa sobre ela. Ver isso me faz sentir como uma merda. Eu a marquei. Eu não quero machucar minha esposa. Eu preciso compensar isso.
"Não dói,” diz Anastasia em um tom tranqüilizador.

Eu giro e libero sua outra mão também. As marcas da algema estão camufladas pelo relógio Omega com que eu a presenteei em Londres. Eu examino ambos os pulsos, e sinto-me pior com a visão das marcas. Eu sou um marido de merda! Será que ela acha que eu sou ruim para ela? Eu libero suas mãos e levanto seu queixo para cima, para examinar sua expressão. Será que ela sente ressentimento em relação a mim? Será que ela me odeia? O pensamento disso está torturando minha alma. Eu estou machucado por dentro por ferir minha esposa.

"Elas não me machucam,” ela repete. Eu levo suas mãos até meus lábios e beijo o interior de seus pulsos me desculpando.

"Venha,” eu digo puxando-a para a loja.

Eu escolho um bonito bracelete  de platina para ela. Quando eu pago imediatamente trinta mil euros pela pulseira, os olhos da vendedora magra ossuda se arregalam, escurecendo com algum tipo de ciúme. Qual é o seu problema? Minha esposa vale cada centavo dele! Apertando minha esposa perto de mim, eu digo "Aqui.” A pulseira é uma peça requintada, com filigrana, delicadamente trabalhada em forma de pequenas flores, com diamantes em seu centro. É elegantemente bonita; muito apropriada para minha esposa. Eu a fixo em torno de seu pulso. Porque é grande e como uma algema, as marcas vermelhas desaparecem sob ela.
  

"Pronto, isso é melhor,” eu murmuro, um pouco aliviado.

"Melhor?” ela sussurra, olhando nos meus olhos.

"Você sabe por que,” eu respondo com incerteza. Eu me sinto horrível de tê-la marcado. Isso está me comendo.

"Eu não preciso disso,” diz ela sacudindo o pulso e a pulseira se mexe. Ela brilha na luz da tarde, cintilando em todas as paredes da loja.

"Eu preciso,” eu digo com toda a minha honestidade. Eu quero que ela a tenha. Eu preciso corrigir os meus caminhos.

"Não, Christian, você não precisa. Você já me deu tanta coisa. Uma lua de mel mágica, Londres, Paris, Cote D'Azur... e você. Eu sou uma garota de muita sorte,” ela sussurra, derretendo minhas entranhas.

"Não, Anastasia, eu sou um homem de muita sorte,” eu respondo. Eu nunca imaginei que iria encontrar alguém com que eu pudesse ter esse tipo de intimidade, como tocar, e partilhar-me ao máximo, compartilhando meu passado e os meus demônios pessoais, eu nunca pensei que eu iria adorar esta profundidade, esta paixão, esta indelebilidade! Eu nunca pensei que nada disso era possível. E aqui ela está diante de mim. Às vezes penso que vou piscar e ela vai ter partido, ou desaparecer, e que seria apenas um sonho.

"Obrigada,” diz ela, esticando-se na ponta dos pés, colocando os braços em volta do meu pescoço e me beijando, tirando o meu fôlego.

"Porque isso?" Pergunto sorrindo, uma vez que nos libertamos do nosso beijo. Ela encolhe os ombros com um brilho nos olhos.

"Por ser meu,” ela responde sorrindo.


 ****  *****



Nós finalmente nos encaminhamos de volta para a Mercedes. É de tarde na Riviera Francesa. Eu olho para fora da janela, observando os girassóis nos campos, suas cabeças seguindo o sol da tarde. Eu não consigo me livrar desse sentimento de merda. Eu marquei Anastasia. Eu a machuquei. Eu marquei minhas subs antes; na verdade eu gostava de fazer isso. Isso mostrava minha dominação sobre elas: que eu era o mestre, e elas estavam se submetendo a mim. Seu mau comportamento não era tolerado e era tratado com rapidez. Eu as castigava com vários métodos. Mas Anastasia não é minha sub. Ela é minha esposa! Eu a amo, e o pensamento de marcá-la assim é repugnante para mim, especialmente sabendo que desagrada a ela. Sou tirado dos meus devaneios pelas mãos de Anastasia apertando as minhas. Eu pestanejo com o aperto tranqüilizador. Eu olho para ela antes de soltar a mão dela, e acaricio seu joelho. Anastasia está vestindo uma saia curta azul escuro e branca, e uma camisa azul sem mangas combinada de dar água na boca.

Minha mão viaja em seu joelho, e, de repente, eu quero verificar seus tornozelos. Com meu toque persistente, eu sinto a respiração de Anastasia suspendendo. Agarrando seu tornozelo, eu puxo o pé em cima do meu colo, forçando Anastasia a girar sobre seu traseiro, de frente para mim.

"Eu quero o outro também,” eu digo baixinho.

Os olhos de Anastasia viajam para a frente do carro, para Philippe e Taylor, que mantem seus olhos na estrada como os profissionais que são. Em seguida, ela coloca o outro pé no meu colo. Eu pressiono o botão na porta e levanto a tela matizada de privacidade. Uma vez que está totalmente levantada, estamos em nossa própria pequena bolha e em relativa privacidade.

"Eu quero olhar seus tornozelos," eu explico calmamente. Ver as marcas sob as tiras da sandália me entristece. Eu gentilmente esfrego meu polegar por cima do peito de seu pé direito, e ela se contorce. Ela é muito coceguenta, sua resposta me faz sorrir. Eu desamarro a correia da sandália, em seguida, deixo-a cair no chão. Eu acaricio seus tornozelos, e ver as marcas evidentes lá me faz sentir uma merda de novo. Eu olho pela janela sem ver. Sua rebeldia comigo, me faz perder o controle, e eu quero puni-la, mas então eu me sinto como uma merda fodida!

"Hey. O que você esperava?" Anastasia pergunta baixinho. Eu olho para ela e dou de ombros.

"Eu não esperava me sentir como eu estou,  olhando para essas marcas,” eu confesso.


 Collide – Howie

"Como você se sente?” Ela pergunta.

Com os olhos desolados eu olho para ela. "Desconfortável." Eu resumo meus sentimentos em um murmúrio.

Anastasia imediatamente abre seu cinto de segurança e desliza mais perto de mim, seus pés ainda no meu colo. Ela chega tão perto de mim quanto possível, sem subir no meu colo. Eu suspeito que ela está tímida com o condutor. Ela segura minhas mãos e eu finalmente encontro meu centro.

"São os chupões de que eu não gosto,” diz ela em um sussurro. "Todo o resto... o que você fez,” diz ela baixando a voz conspiratória, “com as algemas, eu gostei disso. Bem, mais do que gostei. Foi arrebatador. Você pode fazer isso comigo de novo a qualquer hora,” diz ela. E sua declaração imediatamente levanta o meu ânimo como uma injeção de adrenalina.

Eu me mexo no meu lugar para olhar diretamente para ela, ver sua expressão facial, e sentir a verdade em seu depoimento.

"Arrebatador?" Eu pergunto.

"Sim,” ela responde sorrindo. Ela flexiona os dedos dos pés descalços na minha ereção crescente. Foda-se! Estamos no banco de trás da Mercedes com um piloto francês e Taylor no banco da frente, minha esposa quente está sentada ao meu lado, seus dedos do pé estão acariciando meu pau e eu tenho uma ereção! A ingestão aguda de ar enche meus pulmões, e eu separo meus lábios.

"Você realmente deveria estar usando o cinto de segurança, Sra. Grey," eu digo em voz baixa, mas a sua proximidade é algo que eu não quero deixar ir. Eu sinto meu Blackberry vibrar no meu bolso, e eu olho o meu relógio. Só pode ser trabalho a esta hora chamando com uma emergência. Ainda não é hora de trabalho nos Estados Unidos. Devem ser cerca de cinco ou seis horas da manhã em Seattle. Eu pesco meu telefone e olho para o interlocutor.

"Barney,” eu atiro.

Anastasia tenta remover os pés do meu colo, mas meus dedos apertam seus tornozelos firmemente.

"Sr. Grey. Minhas desculpas, senhor, no entanto eu tenho de informar que houve um incêndio na sala do servidor muito cedo esta manhã,” diz ele em um só fôlego.

"Na sala do servidor?" Pergunto em descrédito total. "Foi ativado o sistema de supressão de fogo?" Eu pergunto. O sistema muito caro, que ele me pediu para instalar, apenas recentemente.

"Sim, senhor, e funcionou lindamente. Suprimiu o fogo imediatamente."

Ouvindo a palavra incêndio, Anastasia puxa seus pés para baixo, enquanto ela está nervosa, brincando com sua nova pulseira e desta vez eu a deixo abaixar os pés no chão do carro. Eu pressiono o botão da tela de privacidade, baixando-o. Preciso que Taylor ouça esta notícia também.

"Alguém ferido? Danos?" Eu pergunto.

"Não houve feridos senhor, e nenhum dano para mencionar."

"Quando?"

"Cerca de uma hora atrás. A linha de emergência foi ativada imediatamente, e chamou meu telefone. Eu fui para a Grey House tão rápido quanto eu pude colocar os meus calções e a t-shirt e eu chamei você imediatamente após, quando eu tive certeza que ninguém ficou ferido e o incêndio tinha acabado,” ele responde. Eu olho para o meu relógio de novo, correndo a mão pelo meu cabelo, exasperado. Não era horário de  trabalho no escritório naquela hora. Inferno, não há quase ninguém no prédio, exceto, talvez, a segurança e a equipe de limpeza.

"Você quer que eu ou Welch informemos os bombeiros ou a polícia? Só para enfatizar mais uma vez, o incêndio foi suprimido imediatamente pelo novo sistema. "

"Não. Nem os bombeiros ou a polícia. Ainda não, de qualquer maneira," eu digo. Eu vejo Taylor se virando para ouvir a conversa.

"Welch e sua equipe estiveram aqui desde o segundo que o alarme foi para seu telefone. Eles estão cuidando de tudo, verificando os logs, alimentação do vídeo de segurança, funcionários e qualquer pessoa que tenha estado no prédio, que teve acesso ao edifício, todos, e tudo mais. Ele não está deixando ninguém sair do prédio até que ele os interrogue ele mesmo. Ele está tratando isso como uma cena de assassinato, e sua equipe forense está aqui recolhendo provas, poeira e impressões digitais,” diz ele.

"Está? Bom... "

"Além do que eu informei ao senhor, não há muito para dizer ainda. É muito recente, e as evidências não foram avaliadas. Tão logo Welch me dê um ‘vá em frente’, eu vou ser capaz de ir e ver a sala do servidor. Vamos criar um relatório de danos para o senhor,” ele conclui.

"Okay. Quero um relatório de danos detalhado. E uma listagem completa de todos os que tiveram acesso nos últimos cinco dias, incluindo o pessoal da limpeza... Entre em contato com Andrea e faça-a me chamar..."

"Vou fazer, senhor. O novo sistema que contém argônio minimizou os danos como eu disse que faria. Fizemos um grande investimento inicial, mas com ele no lugar, nós salvamos milhões e milhões de dólares de danos em potencial incalculáveis. Foi um investimento muito bom, senhor. Estou muito feliz que você concordou em tê-lo instalado. Vamos obter os relatórios elaborados para você e enviá-los  assim que eles estiverem disponíveis. "

"Sim, parece que o argônio é muito eficaz, vale o seu peso em ouro."

"Nós não temos nenhum relatório ainda, senhor. Como você sabe, é muito cedo...” diz ele, mas eu o interrompo.

"Eu sei que é muito cedo..."

"Você poderia me dar quatro horas mais, senhor?"

"Não. Mande o e-mail em duas horas... ” eu respondo com firmeza.

"Não vai ser tão detalhado, senhor, quatro horas me permitiria recolher mais informações...” diz ele, mas eu o interrompo novamente.

"Não, eu preciso saber."

"Muito bem, senhor. Vou fazer o meu melhor para fornecer a informação mais detalhada que eu possa reunir e mandar por e-mail dentro de duas horas. É melhor eu ir para isto agora,” diz ele.

Obrigado por me chamar,” eu digo e desligo.

Eu sinto os olhos ansiosos de Anastasia, e o  olhar firme de Taylor em mim. Eu disco o número de Welch.

"Welch...” ele responde ao segundo toque.

"Sr. Grey, eu estou na Grey House, senhor. Tudo está sob controle,” diz ele em tom tranqüilizador.

"Ótimo..."

"Deixe-me recolher um pouco mais de informação, e posso informá-lo sobre os dados que recolhemos até agora. Quando você gostaria de ser informado?” Ele pergunta.

"Dentro de uma hora..."

"Nós vamos encaminhar os dados e os servidores para o armazenamento de dados externo, até minha equipe completar a investigação. Eu recomendaria um forte esquema de segurança para o novo site, senhor."

"Sim, concordo..."

"Quanto tempo?"

"Vinte e quatro horas por sete dias no armazenamento de dados off-site..."

"Já nisto, senhor. Eu vou falar com você dentro de uma hora,” diz ele.

"Bom,” eu respondo e desligo.

"Philippe, eu preciso estar a bordo em uma hora,” eu ordeno.

"Monsieur,” ele responde, e acelera.

Eu olho para Anastasia e ela parece preocupada. Eu deslizo minha máscara de expressão impassível para apagar sua preocupação.

"Alguém ferido?” Ela pergunta em voz baixa.

Eu balanço minha cabeça negativamente. "Muito poucos danos,” eu respondo. Seus olhos estão arregalados, seu medo é claro. Eu me chego até ela e seguro-lhe a mão, e aperto-a em tom tranqüilizador. "Não se preocupe. Minha equipe está nisso,” eu respondo. Eu sou o chefe, o CEO, o comandante do meu navio. Anastasia não precisa se preocupar com tudo isso.

"Onde estava o incêndio?"

"Sala do Servidor."

"Grey House?"

"Sim,” eu respondo dando-lhe o mínimo de informação possível, para impedi-la de se preocupar.

"Por que tão poucos danos,” ela sonda.

"A sala do servidor está equipada com um sistema de supressão de incêndio último tipo".

Ela acena com a cabeça imperceptivelmente, silenciosa, preocupada e chateada.

"Ana, por favor... não se preocupe,” eu digo em um tom reconfortante.

"Eu não estou preocupada,” diz ela mentindo. Ela não é uma boa mentirosa. Ela está muito preocupada, muito preocupada com isso. Eu sei com o que ela está chateada. Estou preocupado com a mesma coisa. Primeiro Charlie Tango, e agora isso. Eu tenho que chegar ao fundo da questão, e logo.

"Nós não sabemos ao certo se foi incêndio criminoso,” eu digo expressando sua preocupação e ansiedade. Sua mão imediatamente voa para a garganta com medo. Ela está apavorada. O que me preocupa é que quem está fazendo isso, quem está tentando me prejudicar, pode tentar prejudicá-la, e ela é o meu mundo. Se eles conseguirem chegar até ela, eu simplesmente morrerei. Eu tenho que descobrir e fazê-lo logo.


****  *****

Assim que chego a bordo do Fair Lady, eu aceno para Taylor para vir junto comigo e informo-o sobre o incêndio na sala do servidor da Grey House.

"Qualquer coisa que eu possa fazer agora, senhor?"

"Não, eu vou falar com Welch em poucos minutos. É melhor que você fique de olho na Sra. Grey, caso ela deseje ir para a cidade. Vou tê-lo coordenado com você,” eu digo dispensando-o.

Eu me tranco no escritório em conferência com Welch.

"O que você encontrou até agora?"

"Os resultados preliminares são muito rudimentares, senhor. Os detalhes são vagos. Vi os vídeos de segurança. E o filme mostra um indivíduo não identificado, de macacão,  com um boné de beisebol, dentro da sala do servidor. O maldito homem não deveria estar lá. Embora o ele poderia ser uma ela. Eu não estou descartando nada ainda. "

"Eu quero ter isso perfeitamente claro. Você acha que isso não foi um acidente? Uma oscilação de energia, uma avaria em um dos compartimentos do servidor, ou sobrecarga de dados, ou algum outro problema técnico? "

"Sr. Grey, estamos neste momento na coleta de dados, senhor. E nós estamos escovando Barney, porque ele quer verificar os servidores para anular quaisquer problemas técnicos. Ele indicou que nenhum alarme foi dado com uma questão técnica. Se fosse algo técnico relacionado com os servidores, um log de erro teria sido criado. Barney já se conectou e controlou e, de fato, verificou-se que nenhum log de erro, foi criado. Ele está lá, juntamente com um dos membros da minha equipe e examinando os compartimentos dos servidores, um por um. Estamos certos de que não é o nosso equipamento, senhor,” diz ele, e com a confirmação, meu coração afunda.

"Porra!"

"Eu vou ter uma imagem mais clara em poucas horas, senhor."

"Houve uma correspondência com a impressão digital parcial do Charlie Tango?"

"Não corresponde, até agora, senhor. Nós ainda estamos no processo de coleta de evidências. É muito cedo para dizer, sem fazer uma comparação. Isso é uma das coisas que estamos procurando: outra impressão. Mas, é muito plausível que o criminoso poderia estar usando luvas, e pode não ter deixado uma impressão desta vez. Atualmente, estamos no processo de coleta de todas as impressões, identificando os empregados, questionando-os, verificando seu paradeiro no momento do incidente e eliminando os suspeitos. Mas eu vou adicionar uma segunda etapa e comparar as origens desses empregados que tenham impressões na sala do servidor, ver se eles fazem parte de lá e se eles deviam ter acesso, verificando os seus laços com algumas pessoas que você saiba que possam ter um rancor contra você. "

"Barney não gerou nenhum relatório ainda?"

"Ele ainda está trabalhando nisso, senhor, e eu acredito que ele vai enviá-los depois que ele acabar na sala do servidor, o que deve ser a qualquer momento. Nenhum relato de erro foi gerado até o incêndio. Com o incêndio existe um processo de desligamento automático para proteger os dados, e isolar um problema no local. Os dados e o relatório devem estar em suas mãos em breve. "

"Andrea chegou ao trabalho?"

"Sim, senhor. Vou informá-la quando eu desligar e fazê-la chamá-lo imediatamente."

"Welch, eu não quero qualquer envolvimento da polícia até que confirmemos o incêndio criminoso, sem qualquer sombra de dúvida. Eu quero o meu próprio investigador no local."

"Ele estava em Seattle recentemente com Charlie Tango, e estava deixando o país. Eu não sei se eu posso alcançá-lo, senhor, mas vou tentar."

"Você vai fazer melhor do que isso. Eu quero que você o encontre imediatamente. Eu quero o criminoso preso, ontem!"

"Sim, senhor!"

"Eu quero que a segurança aumente para os meus pais, meu irmão e minha irmã, 24/7. E eu quero mais segurança providenciada para minha esposa. Encontre uma segurança do sexo feminino top de linha. Eu quero alguém que seja capaz de segui-la até o banheiro se ela tiver que ir!  Coordene-se com Taylor, mantenha-o informado!"

"Isso é tudo, senhor?"

"Não! Eu quero que os servidores da SIP Publishing sejam revistos, a segurança intensificada, um posto de controle colocado dentro. Ninguém faz mais o seu caminho para a SIP sem o meu conhecimento."

"Sim, senhor."

"Eu quero que você verifique o paradeiro da Sra. Lincoln, e Leila Williams no momento do incidente, ou daqueles próximos a elas."

"Eu já tomei a liberdade para iniciar essa investigação, senhor."

"Bom,” eu digo pausando. "Faça Andrea me chamar, agora!"

"Como quiser, senhor,” ele disse e eu desligo, ainda fervendo de raiva, ansiedade, e totalmente apavorado... não por mim, mas principalmente por Anastasia.

Enquanto eu percorro os meus e-mails de Welch, Ros e Barney, Andrea chama.

"Boa tarde, Sr. Grey,” ela cumprimenta no seu comportamento profissional habitual.

"Andrea, preciso de seu relatório sobre o fogo..."

"Eu não estava aqui quando isso aconteceu, senhor. Barney me chamou e eu vim trabalhar tão logo eu estava pronta. GEH parece atualmente um caos organizado. A equipe do Sr. Welch está limpando e investigando as entradas, sala do servidor, levantando as impressões, outro grupo está entrevistando funcionários, enquanto alguns deles examinam os vídeos de vigilância."

"Onde está Ros?"

"Sua assistente me informou que ela está no térreo, ajudando o Sr. Welch a supervisionar a investigação. Um alarme também foi para o seu telefone, e ela chegou aqui, logo que ela recebeu o alarme em seu telefone, e chegou aqui direta da cama, em seus shorts e pantufas. Sua parceira só trouxe uma muda de roupa para ela."

Há uma batida na porta do meu escritório. Eu ergo minha cabeça, e Anastasia entra no escritório.

"Andrea, espere, por favor,” murmuro em meu Blackberry, com uma expressão séria. Eu olho para Anastasia educadamente, expectante. Ela fica na porta, e endireita os ombros, parecendo tímida no início. Então, me dando um largo sorriso, ela diz: "Eu estou indo fazer compras. Vou levar segurança comigo."

"Claro, leve um dos gêmeos e Taylor também,” eu respondo. Ela acena com a cabeça, e fica lá esperando por algo.

"Mais alguma coisa?" Eu pergunto. Eu preciso ter essas chamadas concluídas, para que eu possa voltar a estar com ela. Eu quero esse problema resolvido.

"Posso trazer-lhe alguma coisa?” Ela pergunta em voz baixa. Eu sorrio para ela, em resposta, o meu coração derretendo. Minha baby está sempre pensando em mim.

"Não, baby, estou bem. A tripulação vai cuidar de mim,” eu respondo.

"Tudo bem,” ela diz em uma voz sussurrada. Então ela anda para mim, e passando por trás da mesa, ela se inclina e dá um beijo em meus lábios, não só me surpreendendo como me acendendo.

"Andrea, eu vou chamá-la de volta,” murmuro para o Blackberry, e desligo. Colocando o telefone em cima da mesa atrás de mim, eu puxo Anastasia em um abraço, e dou-lhe o beijo que ela merece: um apaixonado, quente e desejoso, despejando todo o meu amor, a minha preocupação, o meu desejo por ela naquele beijo. Quando eu a solto, eu estou completamente excitado e pronto para foder. Se eu não tivesse uma emergência em Seattle, e eu não soubesse que ela iria afetar Anastasia em tudo, eu abandonaria os telefonemas, e tomaria Anastasia em nossa suíte e teria o meu caminho com ela. Mas, este problema tem de ser resolvido.

"Você está me distraindo. Preciso resolver isso, para que eu possa voltar para minha lua de mel,” eu digo correndo o meu dedo no seu rosto e seu queixo, e, finalmente, levantando o queixo para olhar para mim.

"Okay. Sinto muito,” ela responde envergonhada.

"Por favor, não se desculpe, Sra. Grey. Eu amo suas distrações,” eu digo beijando o canto da sua boca. Eu quero a minha mulher feliz, e isso é lua de mel. Assim que eu encontrar o filho da puta que está interrompendo a nossa vida, eu vou fazê-lo lamentar que ele já tivesse tentado nos prejudicar.

"Vá gastar algum dinheiro,” eu digo soltando-a.

"Irei,” ela responde, sorrindo, e deixa o meu escritório.

Eu chamo Andrea de volta, ansioso para resolver este problema, para que eu possa voltar a minha esposa, e nossa lua de mel. Menos de dez minutos depois de minha conversa com Andrea, eu ouço o som do Jet Ski circulando o Fair Lady. É evidente que Taylor não vai levar o Jet Ski, e nem o faria qualquer um dos membros da tripulação. Isso só pode significar que Anastasia está  montando-o!

"Andrea, eu vou chamá-la de volta!" Eu digo desligando imediatamente, correndo para fora, subindo as escadas e para o convés com o meu Blackberry na mão. Quando eu chego ao convés, acho minha esposa circulando o iate no Jet Ski! Pelo menos ela está usando um colete salva-vidas! Com minha boca aberta, meu coração na minha garganta, eu olho para ela. Ela me vê no convés e deixando de lado uma das mãos, ela acena para mim com entusiasmo!

"Coloque sua mão de volta!" Eu berro. Mas ela não vai me ouvir e se mantém acenando para mim, então eu finalmente dou um aceno duro para ela. Ela ainda faz os seguranças parecerem idiotas, presos no meio do mar esperando para ela terminar seu passeio divertido.

Eu disco o Blackberry de Taylor.

"Sim, Sr. Grey,” ele responde.

"Taylor! O que diabos está a Sra. Grey fazendo no Jet Ski? " Pergunto com os dentes cerrados.

"Uhm..." ele gagueja. "A Sra. Grey indicou que ela resolveu-o com você,” ele responde em um tom envergonhado.

"Bem, ela não fez. Ela não deveria estar no Jet Ski, se eu não estiver nele com ela! Isso está claro?"

"Perfeitamente, senhor,” diz ele.

"Você mostrou-lhe como usá-lo? Como usar o freio? "

"Sim, senhor, eu mostrei."

"Eu estou tornando você o único responsável de trazê-la de volta em um pedaço saudável, se você valoriza o seu trabalho!" Eu berro e desligo. Eu corro para a sala de controle, e encontro o capitão.

"Eu preciso de um par de binóculos," eu digo estendendo minha mão.

"É claro, senhor,” ele diz, e me dá o par que ele está usando. Corro para o deck de novo, e vejo o Jet Ski chegar à doca, e assisto Taylor ajudá-la para fora do Jet Ski e falar com ela. Uma vez que ela está totalmente em terra, eu ligo para seu Blackberry.

Com os binóculos praticamente colados aos meus olhos, eu assisto ela pescar  o Blackberry da bolsa que Taylor devolveu a ela, e atender o telefone.

"Oi,” ouço sua voz, e apenas com esse simples saudação, o alívio me inunda.

"Oi,” eu respondo.

"Eu vou voltar de barco. Não fique furioso,” diz ela imediatamente, completamente me surpreendendo. Eu estava esperando que ela discutisse comigo, e seu tom de voz me pega de surpresa. Eu suspiro completamente boquiaberto.

Incapaz de formar uma frase coerente, me encontro dizendo: "Hum..."

"Foi divertido, entretanto," ela sussurra, completamente eufórica. Eu quero impedi-la de divertir-se? É a nossa lua de mel, e eu estou preso aqui,  tentando resolver um problema do trabalho. Eu suspiro.

"Bem, longe de mim impedir seu divertimento, Sra. Grey. Basta ter cuidado. Por favor,” eu respondo com alívio.

"Eu vou! Alguma coisa que você queira da cidade?” Ela pergunta com uma voz alegre.

"Só você, de volta, inteira."

"Eu vou fazer o meu melhor para cumprir, Sr. Grey," ela diz.

"Estou feliz em ouvir isso, Sra. Grey."

"Nosso objetivo é agradar,” ela responde com uma risada, que me faz sorrir em resposta. Um dos melhores sons do mundo para mim é sua risada. Eu ouço outra chamada, e desta vez é Ros.

"Eu tenho outra chamada. Laters, baby,” eu digo, odiando o fato de eu ter que desligar.

"Laters, Christian,” ela responde e eu mudo as linhas.

"Sr. Grey? "

"Ros..."

"Eu liguei para atualizá-lo sobre o desenvolvimento, senhor. Mas, eu sei que você está em sua lua de mel, por isso vou recapitular o que é novo, e o resto será enviado para você. Dessa forma, você pode avaliar a cópia dos relatórios e ver tudo em preto e branco...” ela começa, e conta o que há de novo, e, basicamente, não muito.

Quando eu desligo, eu ando de volta para o estúdio a bordo, e meu telefone vibra com um novo e-mail.
 ____________________________________________________________________
De: Anastasia Grey
Assunto: Obrigado
Data: 17 ago 2011 16: 54
Para: Christian Grey

Por não ser muito ranzinza.
Sua esposa amorosa.
Xxx

Acho que foi Taylor que teve que lidar com o peso do meu mau humor. Outro e-mail vem através, de Barney desta vez com relatórios preliminares. Olho para tudo rapidamente e, em seguida, volto para a mensagem de Anastasia e digito uma resposta para ela.
____________________________________________________________________
De: Christian Grey
Assunto: Tentando manter a calma
Data: 17 Agosto 2011 16:58
Para: Anastasia Grey

De nada.
Volte inteira.
Isto não é um pedido.
X

Christian Grey
CEO & Marido superprotetor, Grey Enterprises Holdings Inc.
____________________________________________________________________


Passei a maior parte da tarde no telefone e no e-mail. Já tem várias horas desde Anastasia se foi, e que eu não a vejo. Acho que ouvi o barco chegar. Eu vou ao longo dos relatórios e entrevistas iniciais dos funcionários que foram interrogados. Meu BlackBerry toca.

"Grey,” eu respondo, sem sequer verificar o chamante.

"Welch aqui, senhor. Agora tenho a confirmação de que o ataque foi, de fato, criminoso."  Mesmo que eu suspeitasse, eu sinto meu mundo desmoronar ao meu redor. Eu me sinto como se eu tivesse levado um soco.

"Senhor?” Ele pergunta, após meu silêncio.

"Eu estou ouvindo,” eu digo secamente.

"Todas as entrevistas estão concluídas, e cada um dos funcionários que tinham acesso à sala do servidor está contabilizado. Há apenas uma pessoa sem o acesso, no vídeo, e essa pessoa nunca deveria estar lá. "

"O que mais?" Pergunto com os dentes cerrados.

"Isso é tudo o que tenho por agora, vou atualizá-lo quando a informação se tornar disponível, senhor. Esta é, porém, toda a informação que fui capaz de confirmar. "

"Eu vou chamar você,” eu digo e desligo. De repente, sinto falta da minha esposa. Eu preciso encontrá-la e abraçá-la e amá-la. Eu estou enlouquecendo. E se... Eu não posso trazer o resto do pensamento... E se eles a pegarem para chegar até a mim? Gostaria de rasgar aquela pessoa em pedaços, membro por membro.

 Eu tenho que encontrar minha mulher! Eu faço o meu caminho para a nossa cabine. Eu a encontro segurando um pacote de presente. Eu olho para ela por um longo momento. Me lembrando que ela está aqui, em nossa cabine, perto o suficiente para eu tocá-la. Ela está aqui... Ela está aqui... Ela está aqui... Respire...

"Você se foi há algum tempo,” eu digo com uma voz suave. Anastasia se assusta ao ouvir minha voz. Quando ela olha para mim, eu posso ver que ela está excitada com alguma coisa. Seu comportamento leva minha mente para distante dos eventos do dia, momentaneamente. Meus olhos estão sobre ela com intensidade total.

"Tudo sob controle em seu escritório?” ela pergunta timidamente.

"Mais ou menos,” eu respondo, franzindo a testa com o aborrecimento de que isso está acontecendo bem na nossa lua de mel.

"Eu fiz um pouco de compras,” ela murmura.

"O que você comprou?" Eu pergunto.

"Isso,” diz ela colocando o pé na cama, exibindo a sua nova tornozeleira.

"Muito bonito," eu digo, caminhando até ela e sacudindo os sininhos pendurados na tornozeleira. Percebo a leve marca vermelha em seu tornozelo, e passo os dedos ao longo dela. Um arrepio percorre seu corpo.

"E isso,” diz ela segurando uma caixa para mim.

"Para mim?" Pergunto surpreso. Ela me comprou um presente. Ela acena com a cabeça timidamente. Tomo a caixa de suas mãos e sacudo. Eu sorrio tão amplo quanto possível. Minha baby pensou em mim. Faz-me sentir valorizado. Sento-me ao lado dela na cama, seguro o queixo de Anastasia e beijo-a.

"Obrigado," eu digo, encantado.

"Você não abriu ainda."

"Eu vou amá-lo, qualquer que seja," eu digo olhando para ela, com os olhos brilhando em adoração. "Eu não recebo muitos presentes".

"É difícil comprar coisas para você. Você tem tudo, Sr. Grey. "

"Eu tenho você,” eu digo. Ela é o meu mais valorizado, amado e adorado presente.

Eu rasgo imediatamente o papel de embrulho, e revelo a caixa. É uma câmera.

"Uma Nikon?" Pergunto com uma expressão confusa. Por que ela quer que eu tenha uma câmera de nível profissional?
"Eu sei que você tem a sua câmera digital compacta, mas isso é para... umh... retratos e semelhantes. Ele vem com duas lentes,” ela despeja de um só fôlego.

Por que uma câmera, entretanto? Eu pestanejo, completamente confuso. Eu não entendo o significado desse presente particular.

"Hoje, na galeria você gostou das fotografias de Florença D'Elle. E eu me lembrei do que você disse no Louvre. E, claro, havia aquelas outras fotos,” diz ela engolindo, claramente referindo-se às imagens das subs que eu tirei. Porra! Eu paro de respirar. Meus olhos se arregalam. Ela quer que eu tire fotos dela. Fotos eróticas! Eu não posso fazer isso com ela! Ela é minha esposa. Isso seria fazê-la um objeto, e eu não posso... Eu não vou... Eu não posso fazê-lo.

"Eu pensei que você poderia, umh... gostaria de tirar fotos de ... mim.”

Merda!

"Fotos. De você?" Pergunto boquiaberto. A caixa da câmera está esquecida no meu colo. Eu não sei o que dizer. Eu não posso nunca colocar minha esposa naquela posição. Aquelas imagens não foram para o prazer.

Ela acena concordando com a cabeça em resposta, ela está ansiosa e nervosa. Ela olha para mim com suas pupilas dilatadas. Eu não sei o que dizer. Esta é a mulher que eu amo. Esta é a minha esposa. Eu não posso tirar fotos dela sem ter que me lembrar do porque eu ter tomado essas imagens antes. Ela é melhor do que isso... Eu engulo e olho para a câmera, completamente desorientado. Distraído, eu vejo meus dedos traçando as linhas da imagem da câmera na caixa. Eu preciso saber por que ela quer que eu faça isso. É porque ela acha que eu poderia preferir as subs? É porque ela acha que eu quero que ela seja assim?

"Por que você acha que eu quero isso?" Eu pergunto, minha mente preocupada.

"Você não quer?” Ela pergunta, preocupada.

Eu tomo um suspiro profundo.

"Para mim, imagens como aquelas têm sido geralmente uma apólice de seguro, Ana. Eu sei que eu tornei mulheres objetos por muito tempo,” eu digo. Eu não quero que minha esposa ache que eu quero torná-la um objeto.

"E você acha que tirar fotos de mim é... uhm, me tornar objeto?” ela pergunta, seu rosto ficando branco como um fantasma.

Estou dividido. Eu não sei exatamente por que ela quer que eu tenha isso, mas o significado dessas fotos feitas por mim, não é algo que eu iria associar a minha esposa, o amor da minha vida. Eu levanto meus olhos.

"Eu estou muito confuso,” eu digo, em um sussurro. Eu fecho meus olhos. Se eu fizer essas fotos de Ana, onde iria nos levar? O que isso diria sobre mim como marido? Eu sei que a posição submissa não é algo que Anastasia quer ser, e isso é o que as imagens representam. Quando abro meus olhos novamente, eu estou cauteloso e emoções cruas me atormentam por dentro.

"Por que você diz isso?” Ela sussurra com pânico em sua voz.

Por quê? Porque ela vai odiá-lo! Ela pode apenas querer fazê-lo, porque em sua mente, ela não é boa o suficiente para mim, ou ela acha que eu quero esta vida para ela. Mas na realidade o que ela não gosta, eu não quero. Eu não quero que ela faça algo para mim se não é o que ela quer. Essas coisas podem fazer com que ela fuja de mim, e eu nunca, nunca vou lhe dar essa chance. Não com ela! Mesmo que a porra da foda de punição que eu dei perdeu o controle, deixando-a marcada em todo seu corpo.

Eu dou de ombros em resposta a sua pergunta, e não posso deixar de olhar para baixo, para as marcas de algema em seu pulso, debaixo da pulseira que eu comprei para ela.

"Christian, estas não importam!” Diz ela levantando seu pulso. A pulseira desliza para baixo revelando as marcas vermelhas  agora desaparecendo, e  vê-las me apunhala uma vez mais por dentro.

"Você me deu uma palavra segura. Merda!  Ontem foi divertido!”  Ela enfatiza. "Eu gostei. Pare de pensar sobre isso. Eu gosto de sexo rude, eu já lhe disse isso antes,” diz ela corando.

Eu olho para o seu rosto, sua expressão, seus olhos, examinando seu significado. Que será que ela quis dizer com isso? Ou ela está apenas tentando acalmar meu ego. Eu não libero nenhuma das minhas emoções.

"É sobre o incêndio? Você acha que ele está conectado de alguma forma com Charlie Tango? É por isso que você está preocupado? Fale comigo, Christian! Por favor!” Ela pede.

Os tornados estão crepitando dentro de mim. Tempestades emocionais golpeando minhas costas, a minha sanidade mental. Sim! Eu estou fodido de medo de que alguém possa chegar a minha esposa, machucá-la, porque eles querem me machucar... Estou com medo de que eu seja o único a machucá-la. Eu a machuquei, apenas ontem! E eu tenho tornado mulheres objetos. Eu não quero que minha esposa seja uma delas. Eu estou fodido de apavorado! Sou um homem acostumado a ter controle em tudo, e não ter nenhum controle sobre esses eventos é me apavorar. Estou preocupado até meus ossos com ela! Eu a amo tanto, eu não sei o que eu faria se alguém a machucasse!

"Não pense demais sobre isto, Christian,” ela me repreende em tom calmo. Ela se aproxima do meu colo, e pegando a caixa, ela abre. Eu a vejo com os olhos passivos. Ela a segura em suas mãos, e eu estou hipnotizado por seus movimentos simples. Ela remove a tampa da lente, e aponta a câmera para mim. Ela pressiona o botão, e mantém-no pressionado. Eu posso ouvir o obturador capturando a minha imagem em rápida sucessão. Ela toma pelo menos dez fotos da minha expressão alarmada.

"Eu vou fazer de você um objeto, então,” ela murmura, pressionando o botão do obturador novamente. Ela continua tomando minhas fotos até que a contração de um sorriso rasteja em meus lábios. Eu tento segurar o sorriso, mas ela continua a tomar minhas fotos. Eu finalmente decido posar para ela, e eu acho que um biquinho seria apropriado para um estado de espírito brincalhão. Ela tira uma foto minha, e ri. Sua risadinha levanta o meu humor.

"Eu pensei que o presente era meu, Sra. Grey," eu murmuro em tom mal-humorado, brincando com ela.

"Bem, mas acontece Sr. Grey, que esse presente era para ser divertido. Mas, aparentemente, é um símbolo da opressão das mulheres por você,” diz ela tirando fotos de distância. Ela se aproxima e tenta capturar uma imagem do meu rosto em extremo close up.

"Você quer ser oprimida?" Murmuro, brincando com ela.

"Não. Não oprimida,” murmura de volta para mim, continuando a tirar fotos.

"Eu poderia oprimir você totalmente, Sra. Grey,"  eu a ameaço como um predador, com uma voz rouca.

"Eu sei que você pode, Sr. Grey. E você faz, muitas vezes. "

Oh, merda! Eu faço! Meu rosto cai. O que estou fazendo de errado com minha esposa? Sou um marido de merda? Anastasia abaixa a câmera, e apenas olha para mim, exasperada.

"O que há de errado, Christian?” Diz ela parecendo exacerbada. Eu balanço minha cabeça, indicando nada. Ela segura a câmera, alinhando o visor com seu olho, e começa a tirar fotos de novo.

"Diga-me,” diz ela insistentemente.

"Nada,” eu respondo, mas desta vez, eu varro a caixa da câmera para fora da cama, para o chão, com um movimento. Eu pego minha esposa e a empurro para baixo na cama. Sento-me montado nela, na minha posição favorita de cavalgar.

"Hey!” Ela exclama, e continua a tirar mais fotos de mim. Eu pego a câmera pelas lentes, tirando-a de  Anastasia, e virando-a, eu começo a tirar fotos dela. Eu pressiono o botão do obturador para baixo, e tiro sucessivamente um número incontável de fotos dela.

"Então, você quer que eu tire fotos de você, Sra. Grey?" Pergunto em um tom divertido.

"Bem, para começar, baby, eu acho que você deve estar rindo," eu digo e faço cócegas em minha esposa, em suas costelas, impiedosamente. Ela dá gritinhos e risos embaixo de mim. Ela tenta agarrar meu pulso em um esforço infrutífero para me parar. Eu adoro quando ela luta comigo. É uma das minhas fantasias. Quando ela se contorce sob mim, quando ela luta de volta, completamente me liga! Meu sorriso fica maior, e renovo os meus esforços em fazer cócegas nela enquanto tirando fotos.

"Não! Pare! " Ela grita.

"Você está brincando?" Eu rosno. Eu coloco a câmera ao nosso lado na cama, para que eu possa utilizar minhas duas mãos fazendo cócegas nela.

"Christian,” ela engasga  e ofega seu protesto, rindo. Eu nunca fiz cócegas na minha esposa antes, e isso é muito divertido tê-la embaixo de  mim assim, rindo, rindo, lutando de volta, apenas feliz. Ela está tentando empurrar minhas mãos longe, mas estou firme. Eu sorrio para a minha esposa, e desfruto completamente seu alegre tormento.

"Christian, pare!” Ela pede, e de repente eu paro. Eu pego ambas as mãos, e mantenho-as para baixo, em ambos os lados de sua cabeça e apenas pairo sobre ela. Ela está ofegante, sem fôlego, e a forma como ela está agora, toda vermelha, e bagunçada e feliz, faz algo para mim. Eu estou excitado além da crença. Minha respiração está espelhando a dela. Eu amo essa mulher! Eu absolutamente a adoro! Inferno, eu quero adorá-la com o meu corpo!

"Você. É. Muito. Bonita."  enuncio num tom ofegante.

Ela olha para mim. Eu sou incapaz de me impedir, mas, me sinto atraído por ela. Quero me perder em minha esposa. Eu quero fazer amor com ela. Eu me inclino para baixo e fechando os olhos, eu a beijo, completamente seduzido. Eu libero as mãos, e os meus dedos se curvam em torno de sua cabeça e estão tecidos em seu cabelo. Enquanto eu a seguro suavemente no lugar, eu começo a beijá-la docemente, e com ternura. Eu a beijo longa e devotamente e acariciando-a. Mas ela move o seu corpo exigindo mais de mim; seus lábios e sua boca respondem ao meu beijo, completamente me desfazendo. Nosso beijo se transforma em um carnal, profundo e devorador. Minha língua mergulha em sua boca, tomando, buscando, capturando, invadindo, e possuindo-a completamente.

Aspiro bruscamente e gemo. Ela é a minha perdição. Ela me altera de tal forma que eu sou completamente dela.

"Oh, o que você faz para mim,” gemo, o meu sentimento é cru, e carnal. Quero afirmar que ela é minha, que sou dela. Eu rapidamente me movo, deitando em cima dela, pressionando-a contra o colchão, e sentindo-a por toda a parte, e fazendo-a me sentir, sentir meu pau pressionando contra seu sexo. Deixá-la saber o quanto eu a desejo. Quando eu toco seu queixo com uma mão, minha outra mão escova seu peito, cintura, quadril, seu corpo e suas nádegas. Eu a beijo carnalmente, devasso e empurrando minha perna entre as dela, e eu levanto seu joelho. O comprimento total da minha ereção está se esforçando para sair, lutando contra minhas calças, e sobre seu sexo. O jeito que ela suspira e geme em minha boca, eu engulo sua voz, bebendo-a, alimentando a minha própria fome por ela. O desejo que eu sinto por ela é esmagador. Eu preciso dela mais do que a minha próxima respiração agora. Não é apenas um desejo. É uma necessidade por ela. Eu não posso viver sem ela, sem estar dentro dela. Assim é como eu me comunico com ela. Assim é como eu expresso meu amor, minhas preocupações, meus desejos, meus medos, minha raiva, minha paixão, e todas as minhas emoções para ela. Este sou eu, Christian Grey, em bruto.

Anastasia me beija com renovado abandono. Suas mãos entram em meu cabelo, puxando, segurando meu cabelo com força.

Em um instante, eu paro, levanto, e a puxo para fora da cama, colocando-a de pé diante de mim, completamente atordoado. Eu desfaço o botão de seu short, e ajoelho rapidamente, puxando-o para baixo junto com a calcinha. E antes que ela possa inspirar sua próxima respiração, eu a jogo de volta para a cama, e desabotoando minha braguilha, eu afundo meu pau em seu sexo, sem qualquer preâmbulo. Se eu não fizer isso, eu vou me perder. Ela grita com a sensação de plenitude, mas eu não posso parar. Minha respiração sibila pelos meus dentes cerrados.

Eu mergulho meu pau dentro e fora dela repetidamente, e um "siim!" sibila de meus lábios perto de seus ouvidos. Eu mantenho ainda, meu pau enterrado dentro dela, marcando-a como minha, sentindo-a, conectando-me com ela na forma mais elementar. Eu saboreio a sensação do momento, e então giro os quadris uma vez e mergulho nela mais profundo, fazendo minha mulher gemer.

"Eu preciso de você,” eu resmungo, a minha voz é rouca e baixa. Mas é também o meu apelo a ela, eu simplesmente não posso viver sem ela. Eu roço meus dentes sobre sua mandíbula, mordiscando e sugando ao longo do caminho. Então eu começo a beijá-la novamente, mais forte dessa vez. Anastasia envolve as pernas ao redor da minha bunda, me segurando e me puxando em direção a ela, segurando-me duro, moendo em mim, querendo me dar tudo o que pode, e tomar tudo o que puder. A sensação de sua submissão ao meu corpo é inebriante. Ela me tira da mente e corpo e eu começo a me mover em um primal, carnal, desesperado, louco, possessivo, e enlouquecedor ritmo.

Eu empurro mais profundo, e mais para dentro dela, mas o que eu procuro é mais do que um alívio para os nossos corpos, mas também para os nossos medos, emoções, amor, desejos, e que conecte nossas almas de uma forma inseparável. Sinto os músculos de Anastasia apertando dentro, se envolvendo em torno de meu pau, ordenhando e puxando, dirigindo mais dentro dela. Nossa respiração é dura, e forçada, e profunda e difícil.

Anastasia geme alto, ofegante, ela está chegando mais alto, mais longe, um gemido esmagadoramente carnal escapa de seus lábios, e ela está prestes a gozar.

"Goze comigo, Ana," eu suspito e invisto em cima dela, empurrando-a para o precipício, e ela fecha os olhos, pronta para o orgasmo.

"Abra seus olhos," Eu ordeno. "Eu preciso ver você," eu apelo com uma voz implacável, urgente. Seus olhos se abrem, se conectam com os meus. Meus olhos, escurecem e dilatam. Vendo-me desejá-la nas profundezas da minha alma, dirigindo-a com meu pau, empurrando-a em seu auge, ela grita sua libertação, enquanto seu orgasmo rola em grandes ondas longas.

"Oh, Ana," eu grito, e gozo, martelando nela de novo e de novo, e despejando tudo o que tenho em jorros grossos na minha mulher; e, depois, parando e caindo sobre ela. Meus olhos estão fechados, e os meus braços em volta dela, eu agarro firmemente minha esposa. Ela beija meu peito através da minha camisa. Eu posso sentir seu olhar sobre mim, mesmo que meus olhos estejam fechados.

Eu a amo, e estou loucamente apavorado de que alguém está lá fora, que pode ser capaz de machucá-la.

"Diga-me, Christian, o que há de errado?” Ela pergunta com uma voz suave, ansiosa. Eu não digo nada. Como posso expressar meus medos? Como posso dizer em palavras quão profundo é o meu amor por ela, e como é grande o abismo que segura os meus medos? Eu não posso dizer com palavras. Tenho medo de que se eu digo em voz alta, eles podem se tornar realidade. Eu não posso nunca correr esse risco. Tortura e agonia me inundam de novo. Eu só a seguro em meus braços com força, e inalo o cheiro dela, mantendo meu pau dentro dela, tentando senti-la de toda maneira que eu puder. Ela é o meu lugar seguro. Ela é minha casa. Ela é tudo. Ela é o meu sol. Ela é a minha vida.
  
Christina Perri – Arms



****  *****



28 comments:

Neusa Reis said...

Oi meninas. Devidamente recompensadas como prometi, 2 capítulos em 2 dias. Pena que não dá para ser assim sempre. Capítulo lindo, Christian lindo, Emine linda.
E trabalhando na Série Pella, que é maravilhosa. Leiam! E sobretudo, comentem.
E obrigada Nanci Rosa por ter comentado pela primeira vez. Que não seja a última!!
Bjs a todas e bom fim de semana.

Neusa Reis said...
This comment has been removed by the author.
Kenya Coutinho said...

Parabéns, Neusa! A Emine entende a mente do Cristian como ninguem. Adoro!! Ansiosa pelo próximo!! Bjo

*Celi gonçalves* said...

ola neuza parabéns pelo capitulo maravilhoso ansiosa pelo capitulo da serie pella bjs

Fer G. said...

De tirar o fôlego ,hein?! Amei tudo.Obrigada Neusa e Emine.beijos

Tati said...

UAU!!! TA chegando a parte perigosa!!
ansiosa!!!!

Claudia said...

Amando cada dia mais! A série Pella é maravilhosa, logo de começo muitas emoções! Ansiosa pelos próximos capítulos de ambos! Estou divulgando para minhas amigas que também estão adorando.

Glicia de Oliveira said...

Ola,consegui chegar nesse capitulo!Wow! Primeira vez que comento tambem! Estou completamente apaixonada e viciada nesses dois e no blog! Muito obrigada pelo otimo trabalho! Aguardando os proximos!

Anonymous said...

Capitulo maravilhoso , com sempre!!!! Momentos de tensão!!!!
Anciosa pelos proximos capitulos!!!!

Bjs Lala

Gabriela Godoy said...

Parabens a Emine e a voce Neusa, por nos proporcionar esses momentos deliciosos, onde podemos, por alguns minutos esquecer nossos problemas e viajar na vida maravilhosa de Anastacia e Cristian! Estou sempre por aqui! Acompanhando tbm a historia Pella, confesso q as vezes me sinto perdida nela, mas tbm achando magnifica!! Beijoss. Gabriela Godoy

Unknown said...

Capítulo muito lindo,casal inspirador.Ansiosa pelo próximo capítulo.Parabéns!

Pao said...

¡¡¡He vuelto por fin!!!!
Precioso capítulo el amor que se profesan es para tener mucha envidia. Me fascina ver todas las maravillas que hacen juntos. Y que luna de miel. Pero lo bueno se termina porque empieza los problemas estoy esperando luego lo del embarazo (gravidez) quiero ver que pasa cuando el se entera donde va realmente. Gracias una vez más a ambas por estos capítulos intensos, hermosos culturales y por supuestos muy hot. Estoy sperando con ansias el próximo

Maria said...

Esperando capítulo 14 ansiosa amandooooo vc está arrasando, Parabéns

Cris Assis said...

Adorando, ansiosa pela parte em que ela conta que está grávida, parabéns pelo Blog.

Unknown said...

Sem palavras...depois de ler o livro 1, o livro 2 e agora os capítulos do livro 3, na versão de CG, escritas por Emine...sem comentários de tão profundo e tão íntimo a versão que Emine escreve e Neusa traduz com perfeição...esperar a boa vontade E.L. James escrever isso seria uma tortura. Obrigada Emine e Neusa...ansiosa pelos próximos capítulos...pq já sabemos que tem muita tensão ainda prá acontecer. Bjos. Tomara que esse seja o meu primeiro comentário de mtos e que vontade de estar dentro dessa história...rsrs

Unknown said...
This comment has been removed by the author.
Unknown said...
This comment has been removed by the author.
maura''sales said...

ai me DEUS vcs estao de Parabéns...eu sempre acompanho o blog..mas nunca deixei um comentaio:::
vcs sao perfeitas juntas..obrigada por trazer a alegria de volta a minha vida:: pensei que 50 tons tinha acabado mas nao aparecem 2 anjos pra trazer a felicidades aos fãs..
por isso EU AMO VCS <3

Unknown said...

Neusa e Emine, perfeitas juntas!!!

capitulo lindo, quando li este capitulo em 50 tons de liberdade fiquei imaginando o que o Cristian estava pensando nas cenas das fotos, agora eu sei, obriagada Emine e obrigada Neusa pela tradução!!!

Aguardando o próximo ansiosamente!!!

Beijos

Anonymous said...

Adorei mais um capitulo incrivel, estava com saudade de vocês Emine e Neusa... É tão bom entrar neste mundinho do Cristian... Muiti obrigado por mais este capitulo meninas *-* Carol Dutra

Unknown said...

Ola Neuza to adorando cada capitulo e ansiosa pelo o próximo. Bjus

Unknown said...

Como uma leitora fiel volto a ler, e estou adorando. Mesmo uns dias sem ler já sinto falta.. E obrigada Neuza e Emine!! Detalhe tbm estou lendo Pella já me conquistou fico intrigada e curiosa para o rumo dessa historia.

Unknown said...

Como uma leitora fiel volto a ler, e estou adorando. Mesmo uns dias sem ler já sinto falta.. E obrigada Neuza e Emine!! Detalhe tbm estou lendo Pella já me conquistou fico intrigada e curiosa para o rumo dessa historia.

Silvana said...

nossa ,que linda estoria , cada capitulo é mais emocionante que o outro.é tao bom saber os pensamentos de CG.obrigada a vc neuza e emine.beijs!

Daniela Martins said...

Que angustia Christian está sentindo nesta parte final da lua de mel.
E Anastasia sempre ao lado e perceptiva!
Me apaixonando cada vez mais por este POV!
Obrigada! Sempre! Sempre, Emine!
E obrigada, Neusa, pela perfeiçao nas traduçoes!
Bjkas
Dani
;-)

Unknown said...

Neusa e Emine vocês estão de parabens.
Emine você entende perfeitamente a mente do Christian,a maneira q você vê os pesamentos dele chega a ser incrivel,e sinceramente não desmerecendo a autora de forma alguma eu adoro o 50 tons,mais muitas lacunas q ficaram em branco nessa historia,mais você preencheu.obrigado por fazer os nossos dias mais felizes Emine,que você continue escrevendo sempre,que pelo que percebi é sua paixão.

Unknown said...

Oi,Neusa quanto tempo!
Retornando a essa leitura maravilhosa,quero agradecer a vc mais uma vez pela tradução. Quanto a estória fascinante como sempre!

Priscila said...

Olá girls!
Você que está começando a ler o blog agora ou que já é leitora, agora a Série Pella disponível aqui no blog foi publicada em livro – ECOS NA ETERNIDADE- e em português.
A Emine Fougner colocou a versão em português do Ecos na Eternidade na Amazon, apenas esta semana, por apenas R$ 3,94. Corram para aproveitar o preço porque na próxima semana voltará ao preço normal.
É só acessar a pagina da amazon: www.amazon.com.br.
Vamos aproveitar!
Beijos,
Pry