NEW YORK
Eu não posso em sã consciência discutir sobre Nova
York com ninguém. É como Calcutá. Mas eu
amo a cidade de uma forma emocional, irracional, como se ama sua mãe ou seu pai
, mesmo que eles sejam um bêbado ou um ladrão. Eu amei a cidade toda minha vida
- para mim, é como uma grande mulher.
Woody Allen
Tradução: Neusa Reis
"Ana,”
eu a repreendo. "Nós vamos decolar em dez minutos. Você precisa desligar o
seu Blackberry."
"Eu
sei! Eu sei! Mas, Hannah tem que trazer alguns manuscritos importantes que eu
esqueci de empacotar. Eu não os tenho no drive compartilhado, então não posso
acessá-los de fora, não com todas as verificações que os caras do IT fizeram. E
precisávamos daqueles para a introdução de alguns dos nossos escritores
emergentes. Então, ela vai ter que tomar um vôo hoje à noite ou amanhã de manhã
cedo."
"Será que ela vai
chegar a tempo? Você quer que eu vá com você para o Simpósio? Minha oferta
ainda está de pé,” eu digo para Anastasia. Se a assistente não estiver lá, eu
preciso de alguém muito próximo a ela. Anastasia revira os olhos.
"Não, Christian! Ela
vai chegar amanhã à tarde, no mais
tardar. Mesmo que ela não o faça, o que é improvável, eu acho que posso me
cuidar. Além disso, eu deveria ser capaz de mostrar aos outros que eu posso
fazer bem sozinha." Então, ela abaixa a voz.
"Eu disse a você,
você é uma distração para os outros, e eu quero que eles prestem atenção ao que
eu tenho a dizer, em vez de cobiçar meu marido." Eu amuo com sua
observação sabendo o efeito.
"Eu acho que Melissa
pode desempenhar o papel de minha assistente por um dia, se Hannah não puder chegar
para o Simpósio a tempo."
"Tudo bem. Eu posso
viver com isso, mas não é isso que eu desejo. Uma vez que eu me comprometi, eu
acho que você me deve um grande momento, Sra. Grey. "
"Grande momento?"
Ela pergunta com os olhos arregalados.
" Sim. Carte Blanche,
uma espécie de grande momento."
"Carte Blanche,” diz
ela experimentando a palavra pelo tamanho, de repente, sem fôlego. Eu me
aproximo e tiro seu Blackberry de sua mão e o desligo sem olhar para ele, e
solto-o em sua bolsa.
"Sim, a última vez em
que eu estive aqui, eu fui a uma reunião de negócios sozinho. Eu estava
distraído com a seu desobediência e fui acossado com os avanços mais
indesejados tanto de abutres femininos como masculinos." Sua cabeça se vira.
" Você nunca disse
nada sobre isso,” ela diz, sua voz acusatória.
"Eu estava preocupado
com os pensamentos sobre minha esposa. Nada a relatar, mas como eu estou
comparecendo a uma reunião semelhante, tenho quase certeza que os companheiros de negócios serão parte da mesma multidão. Mas
desta vez..." Eu digo pausando; eu
quero minha mulher em meu braço, mostrando sua presença, com seu corpo
espetacular e com seu self ousado e no comando, mostrando sua posse de mim e eu
dela.
"... desta vez eu
quero você comigo e eu não quero que ninguém tenha nenhuma dúvida sobre a quem
eu pertenço... e quem... pertence a mim."
Uma alta voz feminina
interrompe nossa conversa. A aeromoça está dando a lengalenga sobre a segurança
da aeronave. Desta vez, prestei muita atenção a ela, porque eu tenho as duas
cargas mais preciosas comigo: minha
esposa e nosso bebê no seu ventre. Embora, naquele momento, a reação de
Anastasia para o que eu disse a ela não escape a minha observação. Ela pisca
primeiro, em seguida, seus lábios abrem como se para dizer alguma coisa. Oh merda!
Isso pode ir para qualquer direção. Ela está zangada? Ela vira a cabeça para a
aeromoça com suas sobrancelhas ligadas. Uma vez que as instruções de segurança
obrigatórias terminam, eu fixo meu olhar em Anastasia . Ela respira fundo se
preparando para coletar todos os seus pensamentos sobre ela, para que ela possa
soltar a sua fala mais proibitiva.
Em seguida, ela abre a
boca para dizer o que vem fermentando em sua mente nos últimos minutos, mas ela é interrompida pela voz de
Stephen ecoando pelos alto-falantes, advertindo-nos para prender nossos cintos
de segurança e que estamos na fila para a decolagem. A palavra 'decolagem'
coloca o temor de Deus em Anastasia. Suas mãos automaticamente agarram sua
cadeira, seus dedos ficando brancos. Eu posso ver a ansiedade subindo nela. Imediatamente
me aproximo e seguro suas mãos e faço círculos reconfortantes sobre suas mãos e em
suas palmas. Nossa comissária de vôo morena vem e rapidamente recolhe os copos
vazios e pratos dos assentos. Ouço cliques coletivos de Taylor, Sawyer, Melissa
e do assento de Reynolds na parte de trás. Meu jato da empresa começa a taxiar
na pista, primeiro lentamente, em seguida, uma parada completa tomando sua
posição na fila com os outros aviões para a decolagem. Então eu ouço o último
clique de um cinto de segurança na parte de trás do jato. É provavelmente a
aeromoça. A voz de Stephen surge novamente.
"São 11:06, hora
local. Somos o terceiro avião na fila para a decolagem. Por favor, obedeçam o sinal do cinto de segurança até que seja
desligado. Nós vamos chegar ao aeroporto John F. Kennedy em Nova York City às
20:38 hora local. O tempo total de voo, estimado, é de 6 horas e 32 minutos .
Como sempre, é um prazer atendê-los. Por favor, sentem-se e desfrutem de seu
vôo!"
Anastasia continua a
respirar rapidamente.
"Relaxe, baby. Eu
estou aqui. Concentre-se em mim... " Anastasia pisca mais algumas vezes.
"Ana, olhe para mim,”
eu digo baixinho. A última coisa que eu quero é a minha mulher entrando em
trabalho de parto prematuro por causa de seu medo de decolagens. Quando ela
olha para mim, eu lhe dou o meu sorriso mais deslumbrante para mantê-la focada
em mim, em vez de em seus temores. A melhor técnica é a técnica de distração
para Anastasia.
"Por que você estava
chateada um minuto atrás?" Eu pergunto.
"Oh!” Diz ela,
primeiro carrancuda. "É que eu não trouxe nenhuma roupa de festa,” diz ela
com uma voz meditativa. "Você tem que me levar às compras, então eu posso aparentar
o meu melhor quando eu chutar as bundas daqueles que queriam um pedaço do meu
marido!"
"Sra. Grey, você está
com ciúmes?" Eu pergunto, meus olhos escurecendo.
"Um pouco! Você é meu,
tanto quanto eu sou sua, Christian. Eu não posso acreditar que você não me
disse nada sobre isso,” ela diz distraída.
"Não havia nada a
dizer, exceto que eu senti profundamente sua ausência. Foi um dos piores dias
da minha vida e havia tantas outras situações de emergência para lidar então,
que eu não tinha lembrado disso até hoje. Mas eu ainda não quero falar sobre
esse dia. É... desagradável,” murmuro lembrando a invasão de Hyde no nosso
apartamento .
"Tudo bem, Sr. Grey.
Eu acho que eu não vou deixar você fora da minha vista quando formos para sua
reunião de negócios. É uma reunião?" Ela pergunta com uma reflexão tardia.
"Tem ombro a ombro, uns
com os outros, muito dinheiro e empresas dos EUA continental, Canadá, América
do Sul, Europa e Sudeste Asiático. Encontra e conhecer, fazer conexões, fazer
negócios enquanto socializam. Normalmente, é muito chato, na verdade, mas já
que você estará vindo, minha noite está parecendo muito melhor,” eu digo
sorrindo malicioso, enquanto o jato acelera na pista, com velocidade terminal e
o aperto de Anastasia em mim fica mais forte. No segundo em que as rodas do
jato perdem a conexão com o solo, e o nariz do avião está em um ângulo íngreme
subindo, os olhos de Anastasia se alargam.
"Respire, baby,
respire. É apenas a decolagem. Nós em breve estaremos em altitude de cruzeiro,”
eu digo à procura de algo para distraí-la novamente. "Você gostou do berço
que escolhemos? Você estava só concordando comigo por minha causa, ou você
realmente gosta?"
Ela pensa por um momento.
Oh oh. Isso não pode ser bom.
"Eu gosto,” diz ela
balançando a cabeça concordando.
"Só isso?" Eu
sondo.
" Sim. Eu não acho
que ele gostaria de receber um quarto de menina, e eu estou tão ansiosa como
você está pelo seu bem-estar. Uma vez que somos pais de primeira viagem e
nenhum de nós sabe nada sobre ser pais, eu gostaria de pensar que qualquer
pequena coisa que possa nos dar uma mão ou uma perna é bem-vinda . Nós vamos
ter uma babá; nós discutimos isso, mas eu quero que sejamos pais práticos. Eu
acho que foi realmente muito doce que você tinha pesquisado de antemão para
saber exatamente o que você queria, Sr. Grey ,” diz ela .
"O quê? Como?" Pergunto
surpreso.
"Ah, eu acho que
estou obtendo a medida do meu próprio homem Grey e devo dizer, eu adoro esse seu
lado pai protetor, ansioso. Deixa-me orgulhosa saber que você vai ser um
magnífico pai." Ela está sorrindo e completamente segura de si mesma.
"Deus! Eu a amo, Sra.
Grey! Você é o centro de todo o meu universo. Tudo está certo com você e de
alguma forma encontra sua influência,” eu digo , beijando-lhe a mão. Naquele
momento, as luzes superiores piscam e Stephen apaga o sinal do cinto de
segurança.
" Aqui é o seu Capitão
falando. Você agora está livre para vaguear pela cabine."
"Veja, mamão com açúcar,”
eu digo rindo para ela.
Após uma hora de vôo,
Anastasia fica sonolenta. Seus dois cochilos estão agora firmemente em sua
programação. O crescimento do bebê está tirando um monte dela. Então, eu a levo
para dentro da cabine com a cama.
"Você vai deitar-se e
me abraçar, Christian?" Ela pergunta bocejando. Eu tenho que rever
documentos de negócios, mas minha esposa é mais importante do que eles.
"Se eu deitar com
você, eu não sei se posso manter minhas mãos longe de você o tempo suficiente
para deixá-la dormir,” eu digo com sinceridade.
"Eu prefiro ter você
comigo mesmo que você não possa manter suas mãos longe de mim, Sr. Grey,” diz
ela e boceja grande novamente.
"Agh! Porra!" Eu
digo, e tiro os sapatos e as meias. Eu deslizo fora minha jaqueta e a arrumo
sobre uma cadeira. Finalmente puxo o
edredom e coloco minha esposa nele e deito-me ao lado dela. Eu apago as luzes
para escurecer e puxo-a em meus braços. A última vez que eu estive no avião foi
quando eu estava voando de volta de Nova York, lívido, completamente fora de
mim, apenas com a intenção de chegar a Anastasia em Seattle. Aqui está ela, em
meus braços. Eu a aperto com mais força.
" Eu também o amo,
Christian. Noite,” diz ela com um sorriso em sua voz sonolenta. Eu beijo seu
cabelo.
”Durma forte, baby,” eu sussurro. "Eu amo você mais."
***** ❦ ♡ ❧ *****
Nosso motorista nos
encontra na esteira de bagagens com um sinal na sua mão que diz "MR.
TAYLOR.". Taylor levanta o indicador e o dedo médio, como a saudação dos
escoteiros e obtém a atenção do motorista. Ele está em seu traje completo de
motorista, até o chapéu.
"Bem-vindo a Nova
York, Sr. Taylor, senhores, senhora,
senhora,” diz ele, individual e coletivamente nos saudando. "Estou
estacionado na garagem."
"Como está o tempo lá
fora?" Eu pergunto.
"Está cerca de -3
graus a esta hora. Eu não tinha certeza se o seu vôo chegaria no horário dadas
as condições climáticas de nossa bela cidade . Nós só tivemos neve moderada,
esperando neve pesada em cerca de uma semana, mas acho que ela vai vir até o
final desta semana. Está muito frio lá fora. Vocês devem todos colocar seus casacos.” Ele diz. Quando saímos do
calor do aeroporto para o estacionamento coberto mas com um frio de congelar o
traseiro, o ataque de rajadas frias corre por todos os lados; o vento assobia
amargo. Eu envolvo Anastasia mais apertada em seu casaco. Ela envolve seu
cachecol para cobrir o rosto avermelhado. Nossas respirações são tufos de
fumaça. O motorista rapidamente localiza a limusine e destrava as portas.
"Brrrr! Está tão
frio! Eu nunca estive em um tempo tão frio!” diz Anastasia.
"Isso é Nova York em
janeiro, senhora,” diz o motorista da limusine cujo nome na tarjeta de identificação
diz “Barney J. Harrigan,” enquanto ele está abrindo a porta. Ele tem o cabelo
grisalho aparentando ter cinquenta e muitos anos.
"Perdoe a expressão
senhora, mas quando entrarmos na cidade você vai ver que essas pessoas são como
ratos correndo em um estouro e com pressa neste tempo frio. Porque todo mundo
quer sair dele e encontrar algum canto quente para aquecer-se." Eu ajudo
minha esposa a entrar enquanto o motorista ajuda Reynolds, Sawyer, Taylor e
Melissa a carregarem a bagagem. Todos entram no veículo e o motorista se move.
A limusine está fria, mas Barney liga e o calor explode.
Manhattan - Rod Stewart
A cidade parece áspera, obscura
e dura em torno de 21:00h. Enquanto a limusine acelera através dela, Taylor
está recapitulando a logística com o grupo de segurança. Ana está curiosamente
olhando para fora tentando observar o ataque da cidade que é Nova York. O
tráfego está correndo desdenhosamente e Anastasia parece hipnotizada com a
ondulante fumaça das tampas de bueiros. Quando paramos em um sinal vermelho, o
chão debaixo de nós estremece fazendo Ana assustar-se.
"É o metrô," eu
a relembro. Ela balança a cabeça concordando com a boca aberta.
"As luzes estão em
todos os lugares e elas são tão brilhantes! Wow! Eu não acho que os habitantes
desta cidade tenham visto as estrelas ou a lua há séculos, com tanta poluição
luminosa!” Diz ela tentando torcer a cabeça para obter um vislumbre do céu.
Seus olhos estão iluminados com uma excitação embriagadora, que todo mundo fica
ao ver a cidade de Nova York pela primeira vez. O olhar diz tudo: muita
admiração e alguma intimidação, mas principalmente expectativa. Enquanto nós nos
dirigimos através da cidade para o nosso apartamento, Anastasia observa as
pessoas do lado de fora. Alguns estão apenas olhando em frente e continuando em
seu caminho rapidamente, ignorando ou desinteressadas dos acontecimentos ao seu
redor. Há aqueles poucos que ocasionalmente olham para cima.
"Hmm... "
Anastasia comenta. "Se as minhas observações de Seattle estão corretas,
aqueles que correm alheios a beleza ao redor são nova-iorquinos locais. E
aqueles que estão olhando para cima de vez em quando, como a cidade vai crescendo
mais um arranha-céu a partir do chão são os visitantes da cidade.
"Você está certa. Nenhum
nova iorquino nativo iria parar no meio da rua para olhar para cima."
"Eu nunca lhe perguntei,
Christian. Onde fica seu apartamento?" Anastasia pergunta com os olhos
iluminados.
"Nosso apartamento,”
enfatizo, "está no Upper East Side de Manhattan." (N.T. O Upper East Side é
um bairro nobre do condado de Manhattan, em Nova York,
entre o Central Park e o Rio East. O Upper East Side está dentro
de uma área delimitada pela Rua 59, Rua 96, Central Park e
o Rio East.)
Anastasia parece cansada,
mas ela tenta combater isso com a sua emoção de estar na cidade de Nova York. O
motorista da limusine navega o seu caminho através das ruas de sentido único, e
vira na rua onde o nosso prédio está localizado. Quando a limusine entra frente
do edifício, ele cuidadosamente desacelera e para completamente. Um porteiro
corre para abrir a porta. Taylor sai pelo outro lado e nossa equipe de
segurança pula fora tomando rapidamente posições diferentes varrendo a área, em
seguida, prosseguem para pegar a bagagem. Ajudo Anastasia para fora do carro.
"Baby, cuidado, pode
haver gelo no chão e você tem saltos," eu digo me chutando mentalmente. Eu
deveria ter feito ela usar seus tênis ou algo assim. Este tipo de clima não é por
excelência Podológico. Quando o porteiro me vê, ele vibra.
"Sr. Grey! Como é bom
vê-lo de volta a Nova York, senhor. Bem-vinda, senhora."
"Obrigado, Donald.
Esta é minha esposa, Sra. Grey."
"Prazer em
conhecê-la, senhora. Vamos levá-los para o calor do edifício. O tempo tem sido
desagradavelmente frio mesmo que nós não tenhamos tido muita neve,” diz ele
enquanto ele abre a porta para o interior do prédio. Eu espalmo algum dinheiro
na mão de Donald enquanto o jorro de ar quente nos cumprimenta, acolhedoramente.
Eu pressiono o botão para chamar o elevador. Taylor se insinua para mim, e
discretamente limpa a garganta. Eu levanto minhas sobrancelhas para olhar para
ele.
"Eu vou tomar o
elevador de serviço com Reynolds para fazer rapidamente uma varredura, senhor.
Eu agradeceria se você pudesse tardar para atingir a cobertura cerca de três
minutos. Deixe-me assegurar seus aposentos," diz ele. Dou-lhe um aceno de
cabeça de lado, de forma imperceptível, e ele olha para Reynolds e eles saem em
passos rápidos.
"O que foi aquilo?"
Anastasia pergunta.
"Nada para se
preocupar, baby,” eu digo. "Você está cansada? Ou bem o suficiente para
sair para jantar?"
"Eu adoraria ir, mas
eu me sinto cansada."
"Ok, vamos pedir,
então. Existem alguns maravilhosos restaurantes com excelente cozinha aqui no
bairro." As portas do elevador ding abertas. Três jovens conversando
animadamente saem do elevador e seguem para a porta, depois de vestir os seus
casacos e cachecóis.
"Vamos esperar pelo
próximo,” eu digo quando residentes recém-chegados entram no elevador segurando
a porta aberta para nós. O empresário dá de ombros e permite que as portas se
fechem.
"Melindrado de estar
com outros no mesmo espaço do elevador, Sr. Grey?" Anastasia pergunta. Eu
reviro os olhos em resposta e pressiono o botão de chamada para os elevadores,
novamente. Logo que o elevador chega ao térreo e as portas ding abertas, seguro
Anastasia pela parte inferior das costas e levo-a para o espaço do elevador.
Ambos, Sawyer e Melissa, entram no elevador depois de dar uma rápida olhada no saguão
do edifício para se certificar de que não há nenhuma ameaça. Eu pressiono o
botão para a cobertura e coloco minha chave. À medida que o elevador nos leva,
Anastasia enlaça seus dedos com os meus. Quando finalmente alcançamos a
cobertura, as portas do elevador deslizam abertas. Sawyer mantém a porta
aberta, e Melissa passa rapidamente e verifica o saguão. Anastasia revira os
olhos, e quando ela tenta sair do elevador, eu a impeço e levanto-a do chão em
meus braços. Ela é surpreendida e agarra-me, com os braços envoltos em meu
pescoço.
"Eu tenho que carregar
minha esposa através de todos os batentes."
"Sr. Grey, você é um
verdadeiro romântico," ela sussurra.
"Só para você, baby,”
murmuro e pouso um casto beijo em seus lábios. Taylor vem ao saguão e acena com
a cabeça imperceptivelmente.
"Você gostaria de
algo para beber?" Eu pergunto. As geladeiras deveriam ter sido abastecidas.
"Na verdade, estou
morrendo de fome. Eu tenho um desejo do cordeiro que você pegou do deli que eu encontrei
no distrito de Pike."
"Taylor?" Eu
chamo.
"O Restaurante Agora tem
uma cozinha semelhante,” diz ele.
"Então peça
espetinhos de cordeiro, molho de iogurte, homus, folhas de uva recheadas,
arroz, salada e pão para dois. "
"Sim, senhor,” Taylor
responde e vai embora.
"Venha, deixe-me
mostrar-lhe nosso quarto,” eu digo puxando-a atrás de mim. O quarto é em tons
de branco e acentuado com a cor creme. Vendo duas paredes com janelas
panorâmicas, com molduras de aço do piso ao teto, ela arregala os olhos e olha
para o horizonte de Manhattan. Há uma varanda circundante no exterior. Ela
examina ao redor e seus olhos se dirigem para o teto ornamentado.
"Muito sofisticado,”
diz ela em voz baixa.
"O apartamento foi
construído em 1933. Arquitetura Pré-Guerra. Foi remodelado de acordo com a sua
antiga glória, mas com comodidades modernas."
"As paredes são
bastante elevadas...” ela murmura, distraída. O que há de errado com ela?
"Sim, as paredes do
quarto tem tetos de 3,60 m de altura,” eu digo dando um passo em direção a ela.
Eu estou bem diante dela e a viro para mim.
Breathe - Anna
Nalick
"O que está errado,
Ana ?" Ela balança a cabeça.
“Ana! Por favor! Você
estava bem durante o vôo, e mesmo durante o caminho até aqui. E, logo que
chegamos ao apartamento, você não parece bem. O.Que.Está.Errado? Antes que eu
pense o pior? Por favor, eu estou ficando louco!"
"Oh, Christian. Estou
me sentindo tão insignificante! Tudo isso,” diz ela apontando ao redor, "toda
essa opulência. E você, este homem magnífico! Ouvindo sobre outras dando em
cima de você, mulheres que, na verdade, pertencem a este tipo de vida... Estou
me sentindo um pouco oprimida."
"Há muitas razões
pelas quais eu a amo Ana, mas uma delas é essa... que você é completamente
inconsciente de seu próprio valor, ou que você não se importa com o que eu
tenho e você não me ama pela minha riqueza, isso tudo é mais uma razão para eu
querer colocar o mundo debaixo de seus pés. Todas essas outras pessoas,
mulheres," e ocasionais homens, mas não há necessidade de mencionar isso a
ela, ”que salivam atrás de mim, fazem isso por causa desse pacote. É sobre o
que eu tenho e como eu pareço. O que elas sabem sobre mim? Nada! Elas gostam da
persona, elas gostam de uma boa transa, elas gostam de ser vistas com um
bilionário e aparecer nas revistas de fofocas. Mas, você... " Eu digo
suavemente levantando o queixo dela para cima para encontrar meu olhar, um
sorriso apontando nos cantos dos meus lábios, ”você não é como ninguém. Você é
minha razão de ser, de existir. Você é o amor da minha vida! No minuto em que
você entrou em minha vida , você esmaeceu cada estrela, porque você é o meu
sol! Eu estou cego para tudo o que está ao meu redor. Você primeiro girou minha
vida fora de sua órbita ordenada em seguida puxou-a de volta para a sua. Eu
nunca desejaria ficar sem você de novo. Você é minha vida agora.
O que você vê aqui... tudo
isso é seu. Eu lhe daria isso e muito mais, Ana."
Ela solta um suspiro
pesado. "Tudo que eu quero é você."
Tudo que eu
quero é você - U2
"Eu sei, mas eu venho
com este pacote,” eu digo dando de ombros.
"Obrigada por seu
amor, Christian. Eu o amo demais, às vezes eu sinto que vou acordar deste sonho
e você terá ido embora."
"Isso não vai
acontecer baby,” eu sorrio. "Eu posso provar isso para você agora mesmo,
se assim o desejar."
"Bem, você pode
demonstrar seu amor no chuveiro, Sr. Grey,” diz ela mordendo o lábio inferior.
"Com prazer, Sra. Grey!"
Eu digo enquanto eu lentamente retiro seu casaco e seu cachecol.
"Na verdade," eu
digo e levanto-a do chão aconchegando-a em meus braços, eu entro no banheiro da
suíte. Ligo a água quente e ando sob as águas em cascata com minha esposa em
meus braços.
***** ❦ ♡ ❧ *****
Hannah
"OhmeuDeus!
OhmeuDeus! OhmeuDeus! Eu vou perder o meu avião!" Hannah grita para
ninguém em particular enquanto ela corre tão rápido quanto seus pés calçados em
Manola Blahnik poderiam levá-la através do terminal do aeroporto recém
encerado. Ela está fazendo um inventário mental enquanto ela está correndo. Sua
bolsa Hermes contém seus objetos pessoais, seu smartphone, tickets, carteira,
ID, bem como os manuscritos que Ana esqueceu. Ela poderia, claro, apenas
olhá-los no laptop, mas ela sentiu a necessidade de imprimi-los porque ela
precisava marcá-los e destacá-los para Ana, e elas precisavam deles para este
simpósio. É importante para ela conseguir a aprovação de Ana. Ela, afinal, é
casada com o chefe do chefe do chefe do chefe. Uma oportunidade como essa só chega
uma vez na vida.
Hannah diz a si mesma para
rever os manuscritos duas vezes no avião e resumi-los para Ana. Oh espere! Será
que ela não se esqueceu de embalar o pen drive? Seria uma monumental merda se
ela esquecesse isso! Essa foi a razão pela qual ela está agora tomando um vôo
comercial ao invés de voar no jato da Grey Enterprises Inc. juntamente com o marido
de Ana, tipo de boa aparência de arrancar-calcinha. Ela tem seus
objetos pessoais em sua bagagem de mão, seu laptop completo com o carregador,
mouse e pen drive e é claro que o casaco está pendurado no braço entre os muitos
itens que ela está levando com ela. Mas ela está reconsiderando sobre ter usado
uma saia lápis e uma blusa de seda. Muito tipo-negócios, mas não bom para
aeroporto quando você está voando através do país. Assim quando ela se aproxima
do balcão da companhia aérea, ela colide com outro passageiro que está com tanta
pressa quanto ela.
"Merda! Porra!
Desculpe! Estou iiiinndo perder meu avião,” ela reclama e cai no chão de
joelhos para coletar seus itens espalhados.
"Eu vou ajudar,” diz
a voz do estranho. Isso é o mínimo que você pode fazer por esbarrar comigo, ela
pensa, mas o que sai da sua boca é: "Eu consigo!"
"Não, você não consegue,”
diz uma voz rouca. "Se você tem que estar naquele avião em um curto espaço
de tempo, eu vou ter que ajudá-la. Deixe-me corrigir o meu descuido. Você já fêz
check-in?"
"Eu fiz check-in online,”
ela retruca, mas vendo a boa aparência dele, seus olhos se abrem e ela amolece.
"Como quiser. Mas
eles não vão deixar você levar todos esses itens no avião," diz ele recolhendo um lip gloss que descuidadamente
rolou no chão e jogando-o em sua bolsa Hermes. Em seguida, ele recolhe
rapidamente alguns outros itens ainda espalhados pelo chão.
"OhmeuDeus!
OhmeuDeus! Acho que o meu telefone quebrou!" Hannah lamenta, agora
completamente ansiosa.
"Está tudo bem. Eu
acho que apenas a caixa se desfez."
"Oh, não! A bateria
se foi!"
"Está logo ali,” diz
ele apontando alguns passos à sua direita, e ela se aproxima para buscá-la, só
um pouquinho aliviada. Seria a maior, a mais horrível espécie de merda, se ela
danificasse seu celular! Ele rapidamente coloca o pequeno chip sob o cartão SIM,
enquanto ela está recuperando a bateria. Ela estende a mão para o telefone e
ele lhe entrega o smartphone, o fundo, bem como a caixa de plástico rachada. As
mãos dela tremem.
"Por favor, deixe-me,”
diz ele e gentilmente o tira dela. Ele rapidamente coloca a bateria na parte de
trás do telefone, prende a tampa, em seguida, clica a caixa no lugar. Ele
finalmente pressiona o botão de ligar. A tela pisca para a vida. Ele
imperceptivelmente exala um suspiro de alívio, e entrega a ela.
"Bom como novo!"
"Obrigado! É melhor me
apressar!” diz ela sem entusiasmo, coloca a bolsa Hermes, a bolsa do laptop, e
arrasta a bagagem de mão.
"O seu casaco?” Diz
ele sorrindo sob o boné Seattle Seahawks, estendendo o casaco elegante para
ela.
"Oh, sim! Obrigada! Pensando
melhor, é melhor eu verificar isso dentro!” diz ela e rapidamente se dirige
para o check-in da bolsa.
***** ❦ ♡ ❧ *****
O comissário de bordo está
quase fechando a porta.
"Espere! Espere! Eu
preciso entrar nesse vôo!" ela grita desesperadamente.
"Você é a última
pessoa a entrar no vôo, minha senhora. Nós estávamos nos preparando para fechar
as portas."
Hannah lhe entrega o cartão
de embarque e a aeromoça lhe deseja um voo seguro e a envia em seu caminho. Com
velocidade máxima Hannah corre para baixo para o portão e entra no avião. Ela
está voando em classe executiva hoje. Ela localiza seu lugar imediatamente, e
coloca seu casaco em seu assento. Em seguida, ela coloca sua bolsa de laptop no
compartimento de bagagem acima. Ela irá buscá-la para baixo uma vez que ela tenha
marcado tudo no papel. Em seguida, ela exala um merecido suspiro de alívio.
Depois de retirar o casaco
do assento, ela senta e afivela seu cinto de segurança dobrando seu casaco
sobre suas pernas. Então, ela dá um olhar superficial para seu entorno e seus
companheiros de viagem. Seus olhos se arregalam quando ela vê o rapaz que a
ajudou mais cedo, no assento do outro lado do corredor.
"Você!” diz ela.
"Bem, eu já fui
chamado de nomes piores do que isso, mas eu prefiro ir por John."
"Eu sinto muito, eu
peço desculpas,” ela balança a cabeça. "Eu sou Hannah. Você é um
salva-vidas. Eu não tive a chance de lhe agradecer adequadamente com exceção de
apenas resmungar. Eu geralmente não sou tão descoordenada ou rude. "
"Este deve ser um dia
de folga, então."
"Você pode dizer
isso. Eu tinha muito que fazer e pouco tempo para fazê-lo."
"Que bom que você
chegou à tempo. Seria lamentável ser privado de sua bela companhia durante este
vôo." Hannah ruboriza com o elogio inesperado. Ela olha para John e
percebe que ele é um homem bonito, forte, com olhos verdes, cabelo um pouco
longo demais. Há algo duro nele porém, como os músculos que ele está se
escondendo debaixo da sua t-shirt.
Após o discurso habitual
de como afivelar e desatar seu cinto ou como salvar a você mesmo ou o seu
colega passageiro, no caso improvável de um acidente de avião... blá blá blá...
Hannah não está escutando. Ela quer olhar para o homem sentado no corredor próximo
sem parecer como uma idiota com fome de homem, é claro.
O avião taxia e decola.
Hannah finalmente pega um dos manuscritos e começa a destacar e anotar as
partes dele. Assim que a aeromoça dá luz verde, o passageiro que se chama John
abre seu iPad. Ele, então, procura o ícone que parece uma peça de xadrez e
localiza o dispositivo exato que ele está buscando. Ele dá duplo clica nele, e o
ativa. A CIA não poderia pagar-lhe o suficiente para as habilidades que ele
possui. Ele vai fazer uma porrada de dinheiro após esse trabalho estar concluído.
O troiano é entregue. Agora para a próxima etapa. Ele fecha o ícone, e abre seu
aplicativo Kindle. Ele pode se dar ao luxo de relaxar um pouco agora, com um
sorriso muito imperceptível puxando o canto do seu lábio. Ele não tinha ido para
Nova York desde que assumiu este contrato. Ele perdeu a energia frenética dela.
O que George Carlin diz sobre Nova York? (N.T. foi um humorista, comediante de stand-up, ator e autor norte-americano, vencedor de cinco Grammys. Carlin era
conhecido pelo seu humor
negro assim como seus pensamentos sobre política, língua inglesa, psicologia, religião, e vários temas tabus.)
"Claro que, em Los
Angeles, tudo é baseado em conduzir,
mesmo os assassinatos. Em Nova York, a maioria das pessoas não têm carros, por
isso, se você quer matar uma pessoa, você tem que pegar o metrô para a casa
dela. E, por vezes, no caminho, o trem está atrasado e você fica impaciente,
então você tem que matar alguém no metrô. É por isso que há tantos assassinatos
no metrô; ninguém tem um carro."
Ele pensou que aqueles
eram os assassinos idiotas. Há uma arte, mesmo em matar. Mesmo que achasse de
mau gosto aprender sobre sua presa, que seu cliente atual parecia sair e tirar
algum prazer sádico em conhecer suas vítimas, ele não se importava. Não importa
o que fizesse flutuar seu barco psicopata, desde que ele lhe pagasse em dia e
regularmente. Aquele desgraçado doente tirava muita satisfação em estudar e
perseguir sua presa... por meio dele, é claro. O cliente gostava de aprender
seus hábitos, seu habitat natural, quase como combustível para seu desprezo por
eles, para ter mais um motivo para fazer o seu crime pessoal e ele queria ver a
vida deles apagada. John, no entanto, não gosta desse tipo de merda pessoal.
Ele não gostou de saber quem são suas vítimas, o que eles gostam, onde jantam,
ou até mesmo seus nomes. Apenas uma imagem. Então era apenas negócio,
impessoal, apenas um entalhe em seu cinto muito apertado. Mas, ele viu a merda
doentia, fez o seu próprio tipo de merda sádica em seus dias de mercenários.
Ele não se importava de uma maneira ou de outra. Não era pessoal para ele,
afinal. Apenas negócios. Sóóóóó negócio, e se inclina para
trás em sua cadeira lendo seu autor favorito: Stephen King. Quando a aeromoça
vem para anotar seu drinque, ele responde:
"Grey Goose. Faça um
duplo,” (N.T. marca de vodka produzida na
França) e sem olhar de volta para ela, ele retorna para sua história, "Survivor
Type." Ele tem algumas horas para matar, afinal.