StatCtr

Tuesday, November 15, 2016

MASQUE - CAPíTULO IV

*Segunda-Feira, 5 de Dezembro de 2016

4

INVEJA E CIÚME




Tradução: Neusa Reis

"Boa noite, Lei!" Eu digo, enquanto eu escondo uma grande gorjeta na mão do manobrista para que rapidamente a coloque no carro dela.
"Tenho certeza que você vai me contar sobre isso muito em breve." Ela tenta não parecer dominadora e falha totalmente.
“Nada para contar. Só negócios” - digo e me viro, movendo Dre com um sinal da  cabeça. Nós cobrimos a curta distância do Copa até o Sayers Manor. O segurança na porta abre a corda de veludo e nos deixa entrar. Jude está me esperando lá dentro.
"Quantos são eles?" − Pergunto sem preâmbulos.
"Os dois produtores e o advogado deles, o Sr. Reinhardt e seu filho com o  advogado, a tradutora do Sr. Reinhardt, seu advogado Sr. Whitaker, e o Sr.Winthrop. Um total de nove pessoas, senhor. Estão todos esperando na sala de reuniões privativa reservada pelos produtores. Já configurei seu laptop; a bebida de sua preferência estará lá logo depois de você entrar na sala de reuniões."
Jude lidera o caminho com Dre fechando o grupo. Eu posso facilmente identificar a sala de reuniões pelo segurança pessoal de Reinhardt que guarda a porta. Jude abre a porta para mim. Os homens estão sentados em torno de uma mesa entalhada em madeira.  Meu laptop fica em uma das extremidades da mesa, marcando meu lugar, e Reinhardt está do outro lado com seu filho e seu advogado; meu advogado e Stephane ao meu lado. Os lugares adjacentes estão ocupados pelos produtores e seu advogado. A Srta. Adler está atrás de Reinhardt e meu assistente Jude está atrás de mim.
A batida na porta mobiliza Jude até lá e ele volta com minha bebida. Reinhardt não perde nada. Jude envia o email da versão eletrônica do contrato com as partes que eu anteriormente destaquei para revisão pelos participantes. A Srta. Adler faz o seu melhor para não me observar, mas é difícil evitar quando me sento diretamente na frente dela.
Quando chega o momento de discutir os recursos legais do contrato, explicados pelos advogados, o trabalho de traduzir as legalidades também cai sobre a senhorita Adler. Observo que Alarick Reinhardt posiciona sua cadeira para ter uma melhor visão da srta. Adler. Ele a observa como um falcão. Se eu já não gostava do filho da puta, agora eu gosto dele menos ainda. Eu faço uma nota mental para obter uma completa verificação de antecedentes sobre o bastardo. Este é o babaca que a maltratou? A maneira como ele a olha, e segue o olhar dela de volta para mim, é ameaçadora. As narinas dele se dilatam com raiva mal disfarçada. Tenho uma forte suspeita de que este é o filho da puta do iate.

Haunted – Beyonce
O Sr.Reinhardt pergunta algo a ela afastando o olhar da srta. Adler de mim e ela sacode a cabeça. Junior sorri zombeteiro, fazendo com que ela se torne carmesim. O Sr.Reinhardt dá ao filho um olhar proibitivo, mas a troca não é perdida por ninguém. Ninguém tem dúvidas de que o Junior vai ser um bastardo durante toda esta parceria. Olho para a srta. Adler, mas ela abaixa o olhar, incapaz de encontrar meus olhos.
"Há algum problema, Sr. Junior?" Eu pergunto.
"Nada além de incompetência" ─ ele diz olhando na direção da Srta. Adler.
"Qualquer que ele seja, eu tenho certeza que somos capazes de ignorar suas falhas, já que é com seu pai com quem gostamos de fazer negócios." − Eu digo desdenhosamente. Sua resposta foi um sorriso que exalava arrogante zombaria. Dou um discreto sinal a Jude que se desculpa por um minuto. Eu o observo caminhar ao longo da mesa até a srta. Adler.
Eu posso ver por seu comportamento que ele está se oferecendo para ajudá-la em alemão. Reinhardt repete sua pergunta. Jude repete isso em inglês para a srta. Adler e ela transmite a questão para o advogado dos produtores. Jude retorna para o meu lado na mesa e Reinhardt está agora ostentando uma expressão impressionada em seu rosto. Tudo o que Junior tem em seu rosto é desprezo. O resto da reunião prossegue sem problemas e os contratos são assinados, autenticados e serão juridicamente vinculativos dentro de três dias. Eu também adicionei uma cláusula com ordem de sigilo para todos os participantes. Eu não gosto que o mundo fique sabendo em que estou investindo até que o projeto tenha sido concluído.
Assim que os advogados saem com seus respectivos documentos é hora de celebrar a nova parceria neste projeto de filme.
Reinhardt aproxima-se de mim e estende a mão. A srta. Adler está logo atrás. Junior fica afastado e parece zangado. Talvez seu pai tenha que manter uma correia curta sobre ele e tenha dito para ficar quieto. Mas ele está encarando fixamente a srta. Adler e pelo seu aspecto ela está extremamente desconfortável. Rompimento? Briga? É este o filho da puta que está no meu caminho para a srta. Adler? Remover seu traseiro do meu caminho seria realmente um grande prazer.
"Vejo por que você é um jovem bem sucedido!" Reinhardt diz em francês, apertando minha mão.
"Por favor me esclareça. Eu gostaria de me ver através de seus olhos" ─ respondo.
Ele começa a falar em alemão e a srta. Adler traduz.
"Você conhece talento. Até mesmo seu assistente é como uma extensão de você, outro braço, talvez. A forma como ele dominou suas tarefas, a forma como ele está em sintonia com você me diz que ele gosta do trabalho dele. As pessoas que amam seu trabalho são funcionários bem recompensados. Se você quer julgar um líder não olhe nada além que seus funcionários," ela traduz com sua voz de barítono.
 "Exatamente!"
"Tudo bem." ─ Ele diz colocando a mão no meu ombro como se nós fôssemos amigos há anos. Ele caminha comigo uns poucos passos para longe da distância auditiva do grupo, e da Srta. Adler. Estou realmente ansioso pela nossa parceria neste empreendimento, agora por mais razões do que dinheiro.
"Quero que meu filho, meu único filho Alarick, aprenda o que faço no meu negócio. Todos nós temos as nossas, uhm..." ele diz procurando por uma palavra apropriada, "peculiaridades," ele qualifica. "Ele foi influenciado por algumas pessoas quando eu estava muito ocupado expandindo meus negócios por todo o mundo. Os meninos precisam de líderes. Sou um homem de negócios perspicaz, mas na melhor das hipóteses fui um pai ausente." Os homens alemães são conhecidos por serem mais frios, mais firmes e operarem de maneira objetiva. Eles não são conhecidos por conversas de coração a coração em negócios, de qualquer maneira. Se existisse algum, esse seria o primeiro. Ou talvez ele aprendeu algumas coisas, ao longo do caminho, sobre o mundo dos negócios dos americanos e os acordos sem merda que geralmente procuramos. Meus olhos se fixam sobre o Júnior enquanto seu pai fala, ocultando minha enorme antipatia por ele com um rosto calmo.
"Algumas pessoas preencheram o vazio e, infelizmente também sua cabeça com idéias com as quais eu não concordo." ─ Ele continua. O bastardo provavelmente não trabalhou um dia em sua vida e fodeu por aí com o dinheiro do seu “papai.” Quando se tem muito dinheiro disponível, há mais vagabundas ansiosas para serem fodidas do que se pode contar, mesmo para idiotas como ele. Eu odeio o jeito que ele olha para a srta. Adler, como se ele a possuísse. Seu pai continua murmurando sobre o filho da puta.
"Agora, eu estou tentando compensar esse déficit. Isso levará tempo. Vou tentar refrear Alarick." Tradução: Eu sei que meu filho é um babaca classe A e eu me sinto culpado por contribuir para seu estado de babaquice. Como posso comprar sua cooperação para suportá-lo? O Alarick pai conhece a propensão de seu filho e tenho a sensação de que a dele é muito mais sombria do que a minha.
"Eu observei que ele é difícil de conviver em situações de negócios. Isso tornaria nossa associação não muito agradável e iria impedir o que poderia ser uma parceria lucrativa. "Tradução: Ele é um babaca. Eu não suporto esse tipo de merda.”
"Eu não discordo de suas perspectivas, observações e posicionamento." Ele pausa para ver minha reação. Eu não demonstro nada. Ele continua.
"Nós vamos fazer um grande acordo de dinheiro juntos e quero que ele aprenda como funciona o meu negócio. Este empreendimento pode conduzir a outras oportunidades para a GTI no corredor europeu." Era a declaração que eu estava esperando que Reinhardt fizesse.
Ele procura um significado, algum tipo de reação à sua confissão. Eu não digo nada em resposta. Meu rosto permanece reticente.
"Talvez eu possa lhe fazer uma contra-oferta para adoçar este negócio. Pode haver algo que eu possa fazer por você em troca deste favor, de sua tolerância para com meu filho... " − Ele diz abrindo a porta para o que eu realmente quero fazer.
"Minha tolerância tem limites. É melhor não atravessá-los.”
Ele sorri.
"Eu admiro um homem com princípios. Eu posso ver porque você tem a reputação que conquistou." − Ele observa, e estende sua mão para me cumprimentar para chegar a um acordo.
"Eu faço negócios somente com você. Mas, lembre-se, tolerância e respeito têm um equilíbrio delicado. Eu não dirijo uma democracia em minha empresa; eu sou o governante deste reino e a interferência de outros autocratas é vista como ato de hostilidade."
"Acredite ou não, eu entendo isso bem. Eu sou igual. E eu concordo com seus termos.”
“Se você deve ter uma ligação americana, prefiro sua tradutora, Srta. Adler. Eu prefiro lidar com Alarick quando ele estiver com você. Esta é minha condição final." − Eu declaro sem rodeios.
"Concordo.” − Diz ele depois de pensar um minuto.

Agora que eu tenho a Srta. Adler na equação, eu me sinto um pouco melhor. Friedrich Reinhardt estende a mão novamente, e desta vez eu pego. Eu juro que o ouço murmurar, em voz baixa, em inglês, "você deveria ter sido meu filho!"


"Agora é hora de comemorar!" − Diz Whitman. Ele está um pouco feliz demais para o meu gosto, uma vez que ele também esteve encarando a srta. Adler na última hora. Os garçons trazem várias garrafas geladas de Salon Blanc des Blancs Le Mesnil-sur-Oger 1997 (N.T. R$ 3.000,00 a garrafa) e Perrier-Jouet Belle Epoque Rosa Cuvee 2004. (N.T. 1.500,00 a garrafa)
O Sr.Reinhardt puxa a Srta. Adler para o lado e explica o acordo que finalizei com ele. Durante a conversa, ela lança olhares furtivos de surpresa em minha direção. Ela concorda com ele. Eu não percebi que estava segurando a respiração até que expiro meu alívio depois que eu vejo sua aquiescência para com seu chefe através de sua linguagem corporal.
Eu noto que a Srta. Adler junta-se às celebrações e Jude está conversando com ela. Sorte para ele, ele é gay!
“Dre, alguma descoberta preliminar?” − Pergunto encarando a Srta. Adler. Seu olhar segue o meu. Ele sabe o que estou perguntando.
"A verificação de antecedentes inicial é limpa como cristal. Mas você pediu uma investigação detalhada. Isso levará mais cinco dias, senhor.”
"Eu não tenho cinco dias. O negócio já terminou. Dentro de três dias o contrato estará valendo e ela será a ligação de Reinhardt. Preciso ter isto antes do fim do terceiro dia.”
“Sim, senhor” – Ele responde. "Eu vou fazer isso acontecer." Ele pega seu smartphone e liga para os serviços de segurança da minha empresa.

Sucker for Pain



Logo após as comemorações os participantes começam a se mover para as áreas mais lotadas, de dança, música e socialização. Vejo então minha oportunidade. Jude diz algo para a Srta. Adler e eles se separam do grupo para conversar. Ela fica alguns passos para trás quando Jude me pergunta se ele deve ainda ficar.
"Obrigado Jude. Você foi bastante útil. Você pode se divertir no clube ou ir para casa. Vejo você amanhã," − declaro.
“Obrigado, senhor. Eu estarei por aqui se você ainda precisar de mim."
Quando a srta. Adler está prestes a sair da sala de reuniões para o salão de dança, com Jude, seguro o cotovelo dela.
“Srta. Adler, preciso de um momento do seu tempo. Jude pode esperar por você lá fora." − Eu digo enquanto eu sinalizo para Jude sair. Ela olha para ele com olhos perplexos. Ele sorri para confortá-la e aponta para a porta para lhe dizer onde ele estará esperando. Quando eles se tornaram bons amigos?
Heathens - Twenty One Pilots

Eu seguro seu cotovelo com uma mão, e coloco minha outra mão sobre suas costas nuas para movê-la para um canto mais privado. Ela olha para mim com seu intenso olhar azul profundo, diferente daquele de fúria que ela me deu no início do dia. Há temor nele neste momento. Eu posso sentir seu coração batendo rápido, pronto para explodir de seu peito. Minha pele aquece quando nossa conexão me queima. Ela dá um passo para trás, apoiando-se com uma mão na parede. Não consigo compreender essa conexão.
"Você está bem?" − Eu pergunto com uma voz baixa gutural, desconhecida até mesmo para mim. "Era você no iate em Cannes naquela noite, não era?"
Apenas um gemido escapa de seus lábios como se meu toque sugasse o ar de seus pulmões e a deixasse fraca. Ela balança a cabeça, "sim". Desta vez, seus olhos parecem fascinados, ao contrário do olhar furioso com que ela estava antes. A excitação em seus olhos se transforma em timidez. Seu rosto se ruboriza. Ela tenta desviar seu olhar. Quando abaixa os olhos, ela imediatamente envolve seus braços ao redor de seu corpo. Do mesmo modo que ela fez naquela noite olhando para o mar. Então eu entendo o porquê. Seus mamilos estão duros e empurrando contra seu vestido bem ajustado. Ela está afetada pela minha presença. Quando ela retira seu braço de apoio da parede, seu passo falha por um momento. Pego seu cotovelo de novo, inclino-me e sussurro, minha respiração acariciando seu rosto.
“Calma, senhorita Adler.”
"Ousado, não é, Sr. Gibson?" − Ela retribui levantando seu olhar, tentando parecer atônita, mas suas pupilas crescentes a desmentem. Um sorriso brinca em meus lábios.
“Oh, eu sou mais que ousado, senhorita Adler. Muito... Muito... Mais." Ela limpa a garganta e espera por alguns segundos antes que possa encontrar sua voz.
"Como posso ajudá-lo..." − Sua voz é apaixonada, quente o suficiente para acender o ardor de um homem e colocá-lo no febril inferno de sua libido.
"Senhor?" − Ela acrescenta tentando alterar o tom de sua voz sem sucesso. De fato, sua cadência é ligeiramente mais grave, rouca, como se eu simplesmente movesse meu pau dentro dela em uma velocidade inebriante, ritmo cardíaco acelerado, e ela gritasse meu nome... Senhor...  Eu amo isso.
"Kayla!” − Eu murmuro, seu nome como uma ladainha nos meus lábios.
"Sim."  Sua resposta é um sussurro. Finalmente ela ergue seu olhar, corajosamente escaneando meu rosto, tocando cada contorno, e então corre sobre meu peito, para as curvas de meus músculos. Enquanto ele desce, ela tenta evitar olhar minha protuberância, sem sucesso. Ela fecha os olhos, mas inala meu cheiro que cativa seus sentidos. Eu vejo pela queda de seus ombros que há uma breve rendição. Mas então ela levanta seus ombros para combater a luxúria que está batendo nela como um trem de carga. Desta vez ela aperta as mãos, enterrando as unhas nas palmas para quebrar sua sobrecarga sensorial.
“Não. Lute.” − Eu sussurro, oferecendo um convite para dar uma mordida na maçã. Eu não tenho que explicar para ela. Ela sabe e eu sei. O impulso, a atração entre nós é inegável, irresistível e inevitável.
“Conheço o seu tipo, Sr. Gibson.” A voz diminuta é não mais que um sussurro. Que tipo seria esse? Igual ao Júnior?  "Eu não sou uma garota para sexo casual nem alguém assim."  Seu olhar está de volta ao meu rosto novamente. Ela sente meu poder firmemente reprimido crepitando entre nós.
"Você sente isso, também." A atração animal entre nós é primordial, intensa, dominante, embora sensual. Eu sinto minha garganta seca e um nó no estômago.
"Sim, eu sinto. Mas eu também posso ouvir os sinos de alarme tocando daqui até a eternidade."
"Talvez seja porque eu sou muito melhor do que tudo que você já experimentou antes. Como você saberia sem tentar?”
"Sr. Gibson. Eu vi você mais cedo com uma designer de moda famosa que a fofoca diz ser sua namorada. Bonita, rica, inteligente e poderosa. Como você." − Ela murmura.
Agora, quem está pesquisando sobre quem? E ela pensa em mim como sendo bonito?
"Eu não tenho namorada."
"Eu sinto muito. Eu deveria ter qualificado. Você tem namoradas.
“Não, srta. Adler. Eu nunca tenho namoradas. Demasiadas complicações."
“Obrigado, Sr. Gibson. Você tem aí sua resposta."
Ela está me recusando! Ninguém jamais me recusou. Nunca!
"Além disso, eu não tenho tempo para um namorado, ou mesmo para encontros casuais. Eu tenho metas!" Ela está estalando o chicote.
"Então, por que isso seria uma coisa ruim, Kayla?" − Eu pergunto, minha língua acariciando seu nome. “Nenhum de nós quer perder tempo em um relacionamento."
"Isso não vai funcionar com você." − Ela é firme.
“Por que diabos não?”
"Porque você me reduzirá a cinzas," − ela sussurra. "Isso..." Ela diz levantando seu dedo indicador e tocando as costas da minha mão. Primeiro, a ponta de seu dedo percorre o comprimento da minha mão enquanto ela a examina. Seu toque é quente, potente, como um jato de adrenalina, um afrodisíaco que eu nunca provei antes. Depois, a unha. É elétrico. "É apenas luxúria. Eu... eu não posso... fazer coisas assim." − Ela gagueja.
"Nós não estamos fazendo nada. Ainda.” − Ela passa a língua pelos lábios, engolindo em seco.
E mais do que nunca, eu a quero. Que diabos ela está fazendo comigo? Ela aperta as mãos, e olha para elas como se tivessem a resposta para suas perguntas.
"Não, nós não estamos." − Ela ajeita seus ombros. "Erro meu. Algo mais?" − Ela parece magoada. Distante.
"O que está errado?"
“Nada, senhor. Caindo na real!” − Ela sussurra em voz baixa. Ela se vira para ir embora.
"Kayla!" Ela olha para trás, suas mechas cintilantes se movendo sobre seus ombros. Eu sou muito sombrio para ela? Mau para esta mulher inocente? Não deveria pensar no bem-estar de outra pessoa por uma única vez? Certamente ela merece. Ela para e eu caminho até ela.
"Eu acredito que isto pertence a você." Eu estendo minha mão e devolvo o brinco antigo de diamante e rubi.
 Ela pisca. Completamente surpresa. "Obrigada." − Ela murmura. "Eu pensei que este presente da minha avó estivesse perdido para sempre, estou extremamente grata por isso e por sua gentileza naquela noite." Desta vez, ela me dá um sorriso muito grato, inocente.
Porra! Acho que devo deixá-la. Ela não é o tipo de mulher ‘foda e largue’. Meu olhar é incansavelmente intenso sobre ela. Estou em conflito. Eu deveria deixá-la ir. Por que diabos isso é tão difícil então?
"Esse sou eu... desse tipo. Eu vou lhe ver na próxima reunião." O desapontamento refletido em seus olhos trai o sorriso frágil que ela tenta mostrar.
"Claro, senhor." − Ela é toda negócios. Merda! Não vou perder o sono por isto. Talvez se eu tiver uma foda enlouquecedora, com algum jogo com cordas, hoje à noite, com alguém, eu a tirarei da minha mente.
Ela se afasta para encontrar Jude que está esperando lá fora.
"Dre!"
Ele está ao meu lado em três segundos.
"Senhor?"
"Leve-me para o Sailor’s Knot." Vamos ver se eu posso arrancar a Srta. Adler da minha cabeça com várias horas de jogo com cordas e um pouco de foda intensa.
Eu tenho uma profunda sensação que ela está implantada lá como um dispositivo permanente.
Take me to Church - Hozier



Wednesday, November 9, 2016

MASQUE - CHAPTER IV

4

ENVY AND JEALOUSY




“Good night Lei!” I say, as I palm a large tip to the valet’s hand to quickly put her into her car.

“I’m sure you’ll tell me about it soon enough.” She tries not to sound domineering and fails by a lot.

“Nothing to tell. Just business,” I say and turn around, motioning Dre with my head. We make the short distance from Copa to the Sayers Manor. The security at the door, opens the velvet rope, and lets us in. Jude is waiting for me inside.

“How many of them?” I ask without a preamble.

“The two producers and their attorney, Mr. Reinhardt and his son, their attorney and Mr. Reinhardt’s translator, your attorney Mr. Whitaker and Mr. Winthrop. A total of nine people, sir. They’re all waiting at the private meeting room the producers reserved. I already set up your laptop; the beverage of your choice is going to be there right after you enter into the meeting room.”

Jude leads the way with Dre bringing up the rear end of the group. I can easily identify the meeting room by the Reinhardt’s personal security guarding the door. Jude opens the door for me. The men are sitting around a carved wood table. My laptop sits at one end of the table marking my seat, and Reinhardt is on the other end with his son, his attorney, my attorney and Stephane next to me. The adjacent side is occupied by the producers and their attorney. Miss Adler stands behind Reinhardt and my assistant Jude stands behind me.

The knock at the door mobilizes Jude to the door and he comes back with my drink. Reinhardt doesn’t miss anything. Jude emails the electronic version of the contract, with the parts I have earlier highlighted to review to the participants. Miss Adler does her best not to watch me, but it’s difficult to avoid when I sit directly in front of her.

When it’s time to discuss the legal remedies of the contract explained by the attorneys, the job of translating the legalities also falls onto Miss Adler. Alarick Reinhardt I notice angles his chair to have a better view of Miss Adler. He watches her like a hawk. I already dislike the fucker, I like him even less now. I make a mental note to have a thorough background check on the bastard. Is this the asshole who manhandled her? The way he looks at her and follows her gaze back to me is menacing. His nostrils flare in barely concealed rage. I have a big suspicion that this is the fucker from the yacht.  

Haunted - Beyonce

Reinhardt Sr. asks her something breaking Miss Adler’s gaze on me and she shakes her head. Junior sneers at her under his breath, making her turn crimson. Senior gives the son a forbidding glance but the exchange is not missed by anyone. No one has any doubt that the Junior is going to be a bastard all through this partnership. I look at Miss Adler but she lowers her gaze, unable to meet my eyes.

“Is there a problem Mr. Junior?” I ask.

“Nothing other than incompetence,” he says glancing in Miss Adler’s direction.

“Whatever they are, I’m sure we are capable of overlooking your shortcoming since it’s your father we like to do business with.” I say dismissively. His response is a smile oozing haughty derision. I give a slight node to  Jude who excuses himself for a minute. I watch him to walk along the table to Miss Adler.

I can see by his demeanor that he is offering to help her in German. Reinhardt repeats his question. Jude states it in English to Miss Adler and she poses the question to the producers’ attorney. Jude walks back to my side of the table and Reinhardt is now sporting an impressed look on his face. All Junior has on his face is contempt. The rest of the meeting goes on without a hitch and the contracts are signed, notarized and legally binding within three days. I have also added a gag order clause for all the participants. I don’t like the world knowing what I’m investing in until the project has been completed.

Once the attorneys’ leave with their respective paperwork, it’s time for a celebration for the new partnership on this movie project.

Reinhardt comes close to me and extends his hand. Miss Adler is close behind. Junior stays back and looks pissed. Maybe his daddy has to keep a tight leash on him and told him to stay put. But he is eye fucking Miss Adler and by the looks of it, she’s extremely uncomfortable. Break-up? Fight? Is this the fucker standing in my way to Miss Adler? Removing hiss ass from my way would actually be a great pleasure.   

“I can see why you are successful young man!” Senior says in French shaking my hand.

“Please enlighten me. I’d like to see myself through your eyes,” I respond.

He starts speaking in German, and Miss Adler translates.

“You know talent. Even your assistant is like an extension of you, another arm, perhaps. The way he’s mastered his tasks, the way he’s in tune with you tells me that he likes his position. People who love their positions are well rewarded employees. If you want to judge a leader, you look no further than their employees,” she translates his baritone voice. 

 “Exactly!”

“Alright,” he says putting his hand on my shoulder as if we’ve been buddies for years. He walks with me a few steps further away from the hearing distance of the group, and away from Miss Adler. I’m actually looking forward to our partnership in this venture for more reasons than money now.

“I want my son, my only child Alarick to learn what I do in my business. We all have our, uhm…” he says searching for an appropriate word, “quirks,” he qualifies.

“He had been influenced by some people when I was too busy expanding my business throughout the world. Boys need leaders. I am a shrewd businessman but I was a lacking father at best.” German men are known to be colder, firmer, and operate in a no nonsense manner. They’re not known for their heart to heart talks in business dealings anyway. If there was ever one, this could be a first. Or maybe he’s learned a few things along the way about the American business world and the no bullshit deals we generally seek. My eyes lock on the Junior as his father speaks, concealing my profuse dislike of him with a placid face.

“Some people filled the void and unfortunately his head with ideas I don’t agree with,” he continues. Bastard probably didn’t work a day in his life and fucked around with his daddy’s money. When there’s plenty of money to be had, there are countless eager pussies to be fucked than one can count, even for the jerks like him. I fucking hate the way he looks at Miss Adler as if he owns her. His dad continues to mumble about the fucker.

“Now, I’m trying to make up for that deficit. It will take time. I will try to rein Alarick  in.” Translation: I know my son is a grade A asshole and I feel guilty for contribution to his state of assholery. How can I buy your cooperation for putting up with him? The Senior knows his son’s proclivities and I have a feeling that his are a lot darker than mine.

“I observed him to be difficult to get along in business situations. This would make our association less than pleasant and would hinder what could possibly be a lucrative partnership.” Translation: He’s an asshole. I don’t put up with that kind of shit.

“I don’t disagree with your perspectives, observations and positioning.” He pauses to see my reaction. I give nothing away. He continues.   

“We stand to make a great deal of money together and I want him to learn how my business works.  This venture may lead to other opportunities in the European corridor for GTI. “ It was the statement I was waiting for Reinhardt to make.

He seeks a meaning, some sort of reaction to his confession. I say nothing in response.  My face remains reticent.

“Maybe I can make you a counteroffer to sweeten this deal. There may be something I can do for you in return for this favor, your tolerance of my son…” he says opening the door to what I actually want to do.

“My tolerance has limits. He better not cross them.”

He smiles.

“I admire a man with principles. I can see why you have the reputation that you do,” he remarks and extends his hand to shake mine to reach an agreement.

“I do business with you only. But, remember, tolerance and respect have a delicate balance. I don’t run a democracy in my company; I’m the ruler in this kingdom and interference of other autocrats are viewed as acts of hostility.”

“Believe it or not, I understand that well. I’m the same. And I agree with your terms.”

“If you must have an American liaison, I prefer your linguist Miss Adler. I only prefer to deal with Alarick when he’s with you. This is my final condition.” I state flatly.

“Agreed,” he says after thinking a minute.


Now that I have Miss Adler in the equation, I feel a little better. Friedrich Reinhardt thrusts his hand forward again, and this time I take it. I swear I hear him murmur under his breath in English, ‘you should have been my son!



“Now it’s time to celebrate!” It’s Whitman. He’s a little too happy for my taste since he too has been eye fucking Miss Adler for the last hour. The waiters bring several bottles of chilled Salon Blanc de Blancs Le Mesnil-sur-Oger 1997 and Perrier-Jouet Belle Epoque Rose Cuvee 2004.

Reinhardt Sr. pulls Miss Adler to the side and explains the deal I have reached with him. During their conversation, she steals surprised glances towards me. She nods at him in agreement. I didn’t realize I was holding my breath until I sigh my relief after I saw her acquiescence with her boss through her body language.

Miss Adler I notice joins in the celebrations and Jude is striking up a conversation with her. Lucky for him, he’s gay!

“Dre, any preliminary findings?” I ask eyeing Miss Adler. His gaze follows mine. He knows what I’m asking.

“The initial background check is clean as a whistle. But you asked for a detailed investigation. That will take about another five days, sir.”

“I don’t have five days. The deal has gone through. Within three days the contract will be valid and she will be Reinhardt’s liaison. I need to have it before the end of the third day.”
“Yes, sir,” he responds. “I’ll make it happen.” He takes his smart phone out, and dials my company’s security services. 

Sucker for Pain




 Soon after the celebrations, the participants start moving into the more crowded dancing, music and socialization areas. I see my opportunity. Jude says something to Miss Adler and they separate from the group to talk. She stays a few steps back as Jude asks me if he should stay further.

“Thank you Jude. You’ve been quite helpful. You can enjoy yourself at the club or go home. I’ll see you tomorrow,” I state.

“Thank you, sir. I will still be here if you still need me.”

Just as Miss Adler is about to leave the meeting room to the dance hall with Jude, I hold Miss Adler’s elbow.

“Miss Adler, I need a moment of your time. Jude can wait for you outside,” I say as I indicate for Jude to walk outside. She looks at him with bewildered eyes. He smiles to comfort her and points towards the door to tell her where he’ll be waiting. When did they become fast friends?

Heathens - Twenty One Pilots

I hold her elbow with one hand, and put my hand on her bare back to move her to a more private corner. She stares up at me with her intense azure gaze unlike the furious one she had given me earlier in the day. There is awe in it this time. I can feel her heart beating fast, ready to burst from her chest. My skin warms as our connection burns me. She takes a step back, supporting herself with one hand reaching the wall. I can’t comprehend this connection.

“Are you alright?” I ask in a low guttural voice, unfamiliar even to myself. “It was you on the yacht in Cannes that evening wasn’t it?”

Only a whimper escapes her lips as if my touch sucks the air out of her lungs and makes her weak. She nods her head, ‘yes’. This time, her eyes look fascinated as opposed to the furious glare she had earlier. The excitement in her eyes turns into shyness. Her face flushes. She tries to avert her gaze. When she lowers her eyes, she immediately wraps her arms around her body. Just like she did that night gazing into the sea. Then I understand why. Her nipples are hard and pushing against her well fitted dress. She is not unaffected by my presence. Since she removed her supporting arm from the wall, her step falters for a moment. I catch her elbow again, lean down and whisper, my breath caressing her face.

“Steady Miss Adler.”

“Bold, aren’t you Mr. Gibson?” she reciprocates lifting her gaze, trying to look astonished, but her growing pupils deceive her. A smile plays around my lips.

“Oh, I’m more than bold Miss Adler. Much… Much… More.” She clears her throat. She waits for a few seconds before she can find her voice.

“How can I help you…” her voice is passionate, hot enough to ignite a man’s ardor and put him into the raging inferno of his libido.

“Sir?” she adds trying to alter the pitch of her voice to no avail. In fact her cadence is slightly huskier, hoarse as if I just rammed my cock into her at an intoxicating pace, heart pounding rhythm, and she shouts my name… Sir… I love that.

“Kayla,” I murmur with her name a litany on my lips.

“Yes.” Her answer is a whisper. Her gaze is finally lifted up, boldly scanning my face, touching each contour, and then runs over my torso, over the curves of my muscles. As it descends down she tries to avoid my bulge unsuccessfully. She closes her eyes but inhales my scent which captivates her senses.  I see by the sagging of her shoulders there is  a brief surrender. But then she squares her shoulders to fight the lust that’s hitting her like a freight train. This time she fists her hands digging her nails into her palms to break her sensory overload.

“Don’t. Fight. It.” I whisper, offering an invitation to take a bite from the apple. I don’t have to explain it to her. She knows and I know. The pull, the attraction between us is undeniable, irresistible and unavoidable.

“I know your kind, Mr. Gibson.” The tiny voice is barely above a whisper. What kind would that be? Junior’s kind? “I’m not a casual sex girl; some trick.” Her gaze is back up to my face again. She feels my firmly restrained power crackling between us.

“You feel it, too.” The animal attraction between us is primal, intense, dominating, yet sensual. I feel my throat dry and my stomach knot.

“Yes, I can. But I can also hear the alarm bells ringing from here to eternity.”

“Maybe it’s because I’m far better than what you have experienced before. How would you know without trying?”

“Mr. Gibson. I saw you earlier with a famous fashion designer who is gossiped to be your girlfriend. Beautiful, wealthy, intelligent, and powerful. Like you.” She murmurs. Now, who is searching about who? And she thinks of me as being beautiful?

“I don’t have a girlfriend.”

“I’m sorry. I should have qualified. You have girlfriends.”

“No, Miss Adler. I never have girlfriends. Too much of a hassle.”

“Thank you Mr. Gibson. There you have your answer.” She’s refusing me! No one has ever refused me. Never!

“Besides, I don’t have time for a boyfriend, or even for casual dating. I have goals!” She is cracking the whip.

“Then, why would this be a bad thing, Kayla?” I ask, my tongue caressing her name.

“Neither one of us wants to waste time in a relationship.”

“That won’t work with you.” She is firm.

“Why the hell not?”

“Because, you’ll burn me into ashes,” she whispers. “This,” she says lifting her index finger and touching the back of my hand. First the pad of her finger runs the length of my hand as she examines it. Her touch is hot, potent, like a shot of adrenaline, an aphrodisiac I’ve never tasted before. Then her nail. It’s electric.

“It’s just lust. I… I can’t… don’t do things like this.” She stutters.

“We aren’t doing anything. Yet.” She runs her tongue over her lips, swallows hard.

And more than ever, I want her. What the hell is she doing to me? She clasps her hands, and looks down at them as if they hold the answer to her questions.

“No, we aren’t,” she squares her shoulders. “My mistake. Anything else?” She sounds hurt. Distant.

“What’s wrong?”

“Nothing, sir.” ‘Reality bites,’ she whispers under her breath. She turns to walk away.

“Kayla!” She looks back, her shimmering locks moving across her shoulders.

Am I too dark for her? Bad for this innocent woman? Shouldn’t I think of someone else’s well-being just this once? Surely she deserves it. She stops and I walk to meet her.

“I believe this belongs to you.”  I extend my hand and  return the antique diamond and ruby earring.

 She blinks. Utterly surprised. “Thank you,” she murmurs. “I thought this gift from my grandmother was lost to me forever, I am extremely grateful for this and your kindness that evening.“ This time she gives me a very grateful, innocent smile.

Fuck! I think I should let this one go. She isn’t the fuck ‘em and chuck ‘em kind of woman. My gaze is unwaveringly intense on her. I’m conflicted. I should let her go. Why the hell is it so hard then?

“That’s me… kind.”

“I’ll see you at the next meeting.” The disappointment reflected in her eyes betray the brittle smile she tries to wear.

“Of course, sir.” She’s all business. Shit! I’ll sleep over it. Maybe if I have a mind-blowing fuck, with some rope-play tonight with someone, I’ll get her off of my mind.

She walks away to meet Jude who is waiting outside.

“Dre!”

He is next to me within three seconds.

“Sir?”

“Take me to the Sailor’s Knot.”  Let’s see if I can get Miss Adler out of my head by the roots with several hours of rope play and some intense fucking.

I have a sinking feeling that she’s implanted there like a permanent fixture.


(Chapter with Christian and Ana is coming up on Sunday when I get back from Mexico for my birthday)